
Um ano após ter sido alvo de polêmicas durante a campanha eleitoral, o deputado federal André Fernandes (PL) viu o Ministério Público do Estado do Ceará encerrar o procedimento que o investigava sobre um possível caso de nepotismo. A conclusão do processo, assinada pelo promotor de Justiça Kennedy Carvalho Bezerra, afirma que não foi encontrada qualquer ilegalidade na nomeação que havia sido questionada à época.
A denúncia ganhou força durante a campanha de 2024 e foi explorada por parte de adversários políticos, gerando desgaste e repercussão negativa para o então candidato à Prefeitura de Fortaleza. Entretanto, ao longo da investigação, o órgão fiscalizador analisou documentos, ouviu depoimentos e reuniu informações oficiais que mostraram não haver qualquer indício de favorecimento familiar.
Confira o documento do MP que arquiva o processo de suspeita de nepotismo
Arquivmento PP 1107-0 – Nepotismo
Com isso, a suspeita foi totalmente descartada pelos investigadores. Com o arquivamento, o Ministério Público encerrou um processo que ocupou parte do debate político daquele período. A decisão reforça que não existiu prática de nepotismo e encerra, de forma oficial, uma das principais acusações levantadas contra André Fernandes durante o pleito de 2024.
Relembre a polêmica envolvendo André Fernandes
Em setembro do ano passado, a então candidata a vice-prefeita de Fortaleza na chapa do PSOL, Cindy Lúcia Carvalho, protocolizou junto à Procuradoria de Crimes Contra a Administração Pública (Procap) uma denúncia de suposto nepotismo cruzado que estaria sendo praticado para beneficiar familiares de André Fernandes. No documento ela solicitava a abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) junto ao MPCE.
Conforme a denúncia encaminhada pela candidata, familiares de André Fernandes, incluindo a esposa dele, Luana Fernandes, a mãe, Marilene Fernandes, a irmã Cinthia Fernandes e o cunhado Edilanio de Souza, ocuparam cargos no gabinete do vereador Inspetor Alberto (PL).
Em troca, conforme a denunciante, a esposa do Inspetor, Maria do Socorro Moreira, foi nomeada para um cargo no gabinete de André Fernandes, na Câmara dos Deputados, em Brasília. A denúncia de Cindy foi formalizada com cópias dos Diários Oficiais do Município contendo as nomeações.
Para a denunciante, a prática configurava nepotismo cruzado, o que não foi compreendido pelo MPCE.


