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Não vou arbitrar um jogo Dilma versus Cunha, diz relator do impeachment

Plenário Ulisses Guimarães Dep. JOvair Arantes Foto: Janine Moraes 25.02.2010

Um dos principais defensores do mandato e da permanência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) afirmou, na noite desta quinta-feira (17), que não se sente impedido ou constrangido pela proximidade com o peemedebista.

Eleito relator do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, de quem Cunha é adversário, Jovair não respondeu diretamente se irá usar em relação à petista o mesmo critério que defende para Cunha, o de que um afastamento só pode ocorrer em caso de condenação definitiva, sem possibilidade de recurso.

“Eu não quero entrar na discussão e botar aqui uma espécie de jogo de futebol, Dilma versus Cunha, não estou aqui para isso. Eu estou aqui para discutir, relatar, e, se possível, dentro da competência que Deus vai nos dar, fazer um relatório que possa ser importante para o Brasil.”
Jovair afirma que, assim como é próximo de Cunha, também é próximo a Dilma. “Estou há 22 anos nessa Casa, sou próximo de todos os deputados que passaram comigo aqui, de todos os presidentes que passaram aqui, sou próximo também da presidente da República, porque também ajudei a presidente nas causas mais importantes que o Brasil precisou aqui, então isso não me impede e não vai me constranger de maneira alguma.”

O pedido de impeachment se baseia, principalmente, na recomendação pelo Tribunal de Contas da União da rejeição das contas de Dilma relativas a 2014.

A palavra final é do Congresso, que não analisou o caso ainda. Nesta quinta (17), Cunha acrescentou à denúncia a delação do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS), que acusa Dilma e Lula de envolvimento no petrolão.

Jovair também não quis opinar se aceitará essa inclusão. “Vou me ater aos autos”, afirmou, sem detalhar quais autos serão esses. O petebista tampouco quis opinar se é a favor ou contra os requerimentos da oposição para ouvir Dilma e Lula pessoalmente na comissão.

Jovair é líder de uma bancada dividida sobre o apoio ou não ao governo. Recentemente ele e os petebistas se reuniram com Dilma no Palácio do Planalto. O partido apresentou, na ocasião, uma proposta alternativa à volta da CPMF.

Segundo relato de Jovair, Dilma gostou e falou que daria uma resposta. Essa resposta, porém, não veio até hoje. “Pode ser que estejam estudando ainda, não sei, mas isso não vai mudar em nada o objetivo final que tenho aqui.”

Fonte: Folhapress

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