O prefeito de Caucaia Naumi Amorim entregou, na manhã desta quinta-feira (23), o relatório final de transição para a promotora de justiça Margarida Carvalho, da 2ª Promotoria de Justiça do município. O documento, entregue ao Ministério Público do Ceará e também ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) contém os diagnósticos da situação financeira de cada secretaria do município, com o montante de dívidas oriundas da última gestão (estimado em R$ 681 milhões até dezembro passado).
Foto: Marcos Vasconcelos/Ascom Caucaia
“Desde o início da transição, nossa equipe tem se empenhado na formulação deste relatório robusto que detalha todo o rombo que identificamos. Hoje, já dentro da gestão, descobrimos muitos outros problemas que não foram pontuados pela antiga administração. Reconheço a fundamental importância do acompanhamento e fiscalização do Ministério Público, representado pela promotora doutora Margarida Carvalho, parceria que reforça nosso compromisso com a transparência e com a legalidade dos processos”, afirmou o prefeito Naumi Amorim.
Diante da situação, Naumi adiantou que vai buscar apoios e recursos federais para sanar as dívidas. Ele espera também contar com o engajamento de todo o seu secretariado na construção de uma gestão exitosa. “Já realizei uma grande reunião com todos os secretários para definirmos as prioridades e metas para os 100 primeiros dias de governo, tendo a saúde, a educação e a segurança como prioridades. São muitos os desafios, mas temos a certeza de que, com compromisso com o povo, respeito e transparência, daremos ao caucaiense o cuidado que ele merece”, enfatizou.
De acordo com o prefeito, as áreas da Educação, Saúde e Previdência são as que possuem débitos mais elevados. A Prefeitura também deve aos fornecedores e prestadores de serviços aproximadamente R$ 300 milhões, sendo R$ 14 milhões de débito com a Empresa Vitória, que gerencia o programa Bora de Graça.
Na área da saúde, relatório produzido pela equipe de transição de Naumi aponta falta de medicamentos e insumos médicos nas unidades de saúde do município. Além disso, há atraso de pagamento de fornecedores e de profissionais de cooperativas, impactando diretamente na oferta de atendimento à população. O débito atual da pasta, segundo levantamento, é de R$ 56,8 milhões.
Já na Educação, o município conta com situação precária da infraestrutura de vários equipamentos da rede municipal de ensino. Outro agravante apontado pelo prefeito foi a falta de pagamento dos aluguéis de computadores, impressoras e notebooks locados para a pasta. A dívida da Educação estimada é de R$ 46,1 milhões, sendo parte do débito, no valor de R$ 511,2 mil, correspondente ao programa Bora Conectar.
