O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira criada pelos países do Brics, anunciou um novo pacote de investimentos com foco no fortalecimento da infraestrutura energética do Nordeste. Entre as iniciativas está a construção de uma linha de transmissão de energia.
O projeto será viabilizado a partir de um memorando de entendimento firmado com a subsidiária brasileira da State Grid. Orçado em aproximadamente US$ 3 bilhões, o projeto pretende ampliar a capacidade de escoamento da energia gerada na região, reconhecida como um dos principais polos de produção de energia limpa do país.
Além do investimento em linhas de transmissão, o banco também confirmou o financiamento de US$ 200 milhões em yuan (moeda chinesa) voltado à modernização da infraestrutura da CPFL, empresa atuante no ramo de energia renovável. A operação faz parte da estratégia da instituição de priorizar empréstimos em moeda local, reduzindo a exposição a variações cambiais e estimulando o fortalecimento das economias domésticas.
Durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro, onde ocorre a Cúpula do Brics 2025, a presidente do NDB, Dilma Rousseff, destacou que as diretrizes do banco acompanham cada vez mais as demandas do Sul Global. Segundo ela, as áreas prioritárias incluem também setores como inteligência artificial, centros de processamento de dados, telemedicina e hospitais inteligentes.
Desde sua fundação, em 2014, o NDB já aprovou US$ 6,3 bilhões em financiamentos voltados ao Brasil, dos quais US$ 4 bilhões foram desembolsados, contemplando 29 projetos em segmentos estratégicos. Em nível global, a carteira de crédito atinge US$ 40 bilhões, sendo US$ 22,4 bilhões já liberados. No Brasil, a carteira ativa corresponde atualmente a R$ 2,3 bilhões em projetos em execução.
Outro anúncio feito por Dilma Rousseff foi a entrada de dois novos países, a Colômbia e o Uzbequistão, na estrutura do NDB, elevando para 11 o total de membros. Os outros dez países que compõem o grupo são: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
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