O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (04/12) um estudo experimental como parte da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024. A pesquisa analisa as condições de vida no Brasil em 2023 a partir de 146 estratos geográficos, que agrupam municípios com características similares dentro de uma mesma unidade federativa.
Em 2023, 27,4% da população vivia com menos de US$ 6,85 por dia, linha de pobreza estabelecida pelo Banco Mundial para países de renda média-alta. As áreas mais afetadas foram os Arcos Metropolitanos e o interior das regiões Norte e Nordeste. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os índices de pobreza foram mais baixos.
A taxa de ocupação nacional em 2023 foi de 57,6%, mas com variações entre regiões. O Nordeste apresentou os índices mais baixos, como no Agreste do Rio Grande do Norte (37,6%) e Litoral Sul de Alagoas (41,0%). Em contrapartida, capitais do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e partes do Sul e Sudeste alcançaram taxas entre 62,6% e 70,3%.
Os dados também mostram que, entre os ocupados, menos de 1% estava em situação de extrema pobreza. Entre os desocupados essa proporção chegava a 14,6%.
Entre 2022 e 2023, o Brasil registrou avanços na redução da pobreza e extrema pobreza. A proporção de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza caiu de 31,6% para 27,4%, enquanto a extrema pobreza recuou de 5,9% para 4,4%, o menor índice desde 2012. Nesse cenário, sem os programas sociais a extrema pobreza teria saltado para 11,2% e a pobreza para 32,4%.
Além disso, 51% da população rural vivia em domicílios beneficiados por programas sociais em 2023, enquanto essa proporção era de 24,5% nas áreas urbanas. Entre crianças de 0 a 14 anos, 42,7% dependiam desses benefícios.
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