Após registros de manchas de óleo no litoral leste do Ceará em janeiro, nesta terça-feira (8) o material apareceu numa praia de Caucaia, município a 15 km de Fortaleza. Essa é a primeira aparição da substância no litoral oeste do Estado em 2022 e não houve a devida precisão de onde a mancha de óleo foi encontrada.
Na ocasião do primeiro registro da substância, que foi encontrada na praia de Canoa Quebrada, em Aracati, levantou-se a hipótese de que fosse o mesmo material que apareceu no litoral nordestino em 2019. Posteriormente, cogitou-se a hipótese de ter relação com o tsunami que ocorreu em Tonga, na Oceania, após a erupção de um vulcão marinho, mas ambas as suposições foram descartadas.
As conclusões e os estudos são de pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar/UFC) e do Instituto de Geociências da Universidade da Bahia (IGEO/UFBA), em parceria com a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e o Ibama.
As investigações estão em andamento, mas os especialistas já levantam três possíveis causas do surgimento das manchas de óleo. A substância pode ser petróleo vazado de um sistema petrolífero ainda não perfurado; acidente em perfuração no processo de exploração; proveniente de navio que transporta óleo de origem geológica. Em todas as suposições, a substância teria sido levada até o litoral por fenômenos oceânicos.
No último dia 31, uma reunião foi realizada com todas as instituições envolvidas no combate às manchas para planejar ações articuladas. A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) garantiu que permanecerá atenta para antecipar qualquer ação necessária visando buscar um controle das ocorrências de manchas, o mapeamento e entendimento das fontes poluidoras.
Desde o dia 25 de janeiro, ao menos, 12 praias registraram as manchas de óleo. São elas:
- Do Futuro, Sabiaguaba e Abreulândia, em Fortaleza
- Quixaba, Cumbe e Majorlândia, em Aracati;
- Prainha, Iguape e Porto das Dunas, em Aquiraz;
- Canto da Barra, em Fortim;
- Prainha do Canto Verde, em Beberibe.
