A Notícia do Ceará
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Sobre narrar um Clássico-Rei

Por Lúcio Filho

Não é a primeira vez que terei a experiência de levar as emoções de um Clássico-Rei com a minha voz. Mas confesso que o frio na barriga vem, sempre momentos antes deste jogo.

Lúcio Filho, jornalista e narrador esportivo – (Foto: Arquivo Pessoal)

Lembro do primeiro jogo entre Ceará e Fortaleza em que trabalhei, ainda como repórter. Foi em 2001, pelo Campeonato Brasileiro, aquela época, Série B. Um dia diferente e um jogo diferente. Testemunhei a quebra do tabu de 16 vitórias do Fortaleza frente ao Ceará. Ninguém melhor que Sérgio Alves para conseguir aquela façanha. O Carrasco Alvinegro, como ficou posteriormente conhecido, foi quem decretou o fim daquela hegemonia tricolor: o palco era o Estádio Presidente Vargas.

Naquele mesmo ano, no mesmo PV trabalhei, também como repórter no histórico empate em 3 a 3 entre as duas equipes, com viradas de ambos os lados e sol do “pingo do meio dia”, como dizemos aqui no Ceará como um ingrediente especial. Aquele jogo foi às 11 da manhã e não lembro de ter havido aquela parada para hidratação.

Até maio de 2013 tive a oportunidade de trabalhar como repórter em diversos e importantes Clássicos-Rei, a maioria no Castelão. Um jogo que promete surpresas, emoções diferenciadas e superação em campo, por parte dos atletas. Naquele maio de 2013 narrei o Clássico-Rei pelas semifinais Campeonato Cearense, o primeiro da minha carreira. O Ceará atropelou o Fortaleza. Venceu por 3 a 0 e tirou o rival da final do Cearense e de importantes competições nacionais como a Copa do Brasil e a Copa do Nordeste do ano seguinte.

Depois disso, ano passado tive a oportunidade de narrar este confronto pela segunda vez. Foi durante a Série A, no segundo turno e a vitória do Ceará por 2 a 0.

Neste 2021, tive a oportunidade de fazer mais importantes Clássicos-Rei. Foram 3. A vitória do Fortaleza por 2 a 0 na fase de classificação do Campeonato Cearense e a final daquela competição (empate em 0 a 0), cujo título ficou com o Leão. Também fiz o segundo jogo entre ambos pela terceira fase da Copa do Brasil e a histórica classificação do Fortaleza frente ao maior rival com requintes de rivalidade: 3 a 0, confirmando a excelente temporada do time de Juan Pablo Vojvoda.

(Foto: Kid Júnior)

Agora, recebo a missão da Rede A Notícia do Ceará (ANC) de levar as emoções deste jogão aos ouvintes da Rede ANC de Rádio e do Canal TV ANC no YouTube. Eis que, apesar de um pouco de experiência, é um momento diferenciado transmitir esta partida.

No jogo de logo mais os dois estarão medindo forças por objetivos diferentes. Caso vença, o Fortaleza se consolida na briga pela fase grupos da Libertadores, beneficiado, a princípio pela vitória do Grêmio, ontem diante do Bragantino. Já o Ceará precisa vencer também, para se consolidar ali na primeira parte da tabela de classificação e se consolidar na briga por uma vaga na Copa Sul-Americana de 2022. O alvinegro também foi, em tese, beneficiado, com a derrota do Athlético PR para o Atlético MG, que está a cada dia mais perto do título.

Se considerarmos os últimos jogos no Brasileiro, derrota do Fortaleza para o Bragantino, fora de casa, e a vitória do Ceará, frente ao Sport, mesmo jogando mal, ambos querem dar uma resposta às torcidas de que estão ainda vivos na competição e brigando em cima. A sequência de jogos, de ambos, é difícil. Pelo caminho adversários que brigam contra rebaixamento, por Libertadores ou Sul-americana. Nada como uma vitória no clássico para embalar a equipe para a sequência da competição.

Hoje, a torcida volta ao estádio, para acompanhar um jogo que promete grandes emoções desde o primeiro minuto até o fim. Que volta das torcidas às arquibancadas seja em paz.

Com tantos ingredientes e um tempero especial de Clássico-Rei só me resta dizer, prepare o seu coração para as coisas que eu vou contar. E a partir de 19h30min, se ligue nessa e confira comigo, Janaína Sousa e Felipe Klisma.

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