Mais uma decisão do titular do Ministério da Educação (MEC), Camilo Santana, causou polêmica entre os apoiadores do Governo Lula (PT). Na última quarta-feira (05/04), o ministro teria nomeado Sylvia Cristina Toledo Gouveia, profissional homenageada durante a gestão de Jair Bolsonaro, para a diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Toledo ocupou o cargo de secretária executiva adjunta da Secretaria-Executiva do MEC até a posse de Lula. Em dezembro de 2022, ela chegou a receber a Ordem Nacional do Mérito Educativo no grau de grande oficial pelas mãos do então titular da pasta Victor Godoy.
A ex-secretária de Modalidades Especializadas de Educação, Karine dos Santos, que foi exonerada no início do ano ao lado de Toledo, também retornou à pasta em fevereiro como a nova coordenadora-geral de Desenvolvimento e Melhoria da Escola do FNDE. Na última semana, em menos de sete dias após sua nomeação, o MEC exonerou o coordenador-geral de Ensino Médio Fernando Wirthmann do mesmo cargo que ocupou durante a gestão anterior.
A batalha pela reformulação das mudanças causadas pelo Novo Ensino Médio também é tema das críticas dirigidas à atuação de Camilo Santana. “Simplesmente revogar e voltar ao passado eu não vejo que é o caminho”, afirmou o ministro sobre as solicitações de extinção do modelo, durante o evento Lide Ceará, no dia 31 de março.
O presidente Lula chegou a defender o posicionamento do ex-governador do Ceará em reunião na última segunda-feira (10/04). “O Camilo estava apenas cumprindo aquilo que foi decidido na transição, que a gente ia continuar o Ensino Médio tal como estava, podendo fazer discussão”, declarou o petista.