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Novembro registra alta de 4,4% no consumo nos lares

Em novembro, o consumo nas residências brasileiras apresentou uma alta de 7% em relação ao mês anterior, conforme dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com novembro de 2023, o aumento foi de 4,4%, e o acumulado de 2024 apontou uma elevação de 2,85%.

Esse índice abrange diversos formatos de lojas, como supermercados tradicionais, atacarejos, lojas de vizinhança, hipermercados, minimercados e o comércio eletrônico, com ajustes realizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O cálculo é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Black Friday teve um papel importante nesse crescimento, como destacou Marcio Milan, vice-presidente da Abras. Ele afirmou que a combinação das promoções da data com o pagamento do 13º salário impulsionou as vendas, especialmente no último fim de semana de novembro.

“Durante a Black Friday, o consumo teve elevação de 27,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os itens mais procurados, destacaram-se artigos natalinos, bebidas, como sidras, pisco, whisky, champanhe e gin, panetones, carnes típicas de natal e frutas em calda”, comentou.

Novembro registra alta de 4,4% no consumo doméstico
Foto: Shutterstock

Além dos efeitos da Black Friday, outros fatores contribuíram para o crescimento nas vendas, como a geração de empregos formais e diversos pagamentos ao longo do ano, como o repasse de R$ 1,3 bilhão para aposentados, o pagamento de R$ 27,7 bilhões do PIS/Pasep e R$ 559 milhões de lotes residuais do Imposto de Renda. Também houve a liberação de R$ 14,11 bilhões do Bolsa Família e R$ 2,4 bilhões em Requisições de Pequeno Valor para aposentados e pensionistas.

Cesta de Natal

Os descontos oferecidos durante o mês de novembro resultaram numa redução média de 7% no valor da cesta de Natal no Brasil. O preço médio da cesta passou de R$ 345,83 para R$ 320,76, proporcionando uma economia de aproximadamente R$ 25,07. Entre os itens que registraram maior queda, destacam-se as aves natalinas, panetones e sidras.

Em se tratando das regiões, a maior redução ocorreu no Sul (-11%), seguida pelas quedas no Centro-Oeste (-9,75%), Nordeste (-9%) e Sudeste (-7,5%). No entanto, no Norte, os preços aumentaram em 1,5%, em razão de custos logísticos que impactaram os valores da cesta.

Preços dos alimentos

Apesar das reduções nos preços da cesta natalina, os alimentos mostraram uma tendência de alta em novembro. O índice AbrasMercado, que monitora 35 itens de consumo habitual, como alimentos, bebidas, produtos de limpeza e higiene, subiu 3,02% em comparação com outubro, atingindo um total de R$ 780,36. No acumulado de 2024 a variação foi de 8% e nos últimos 12 meses os preços subiram 9,46%.

Os cortes de carne foram os que mais sofreram aumento em novembro. Os preços da carne bovina (dianteiro e traseiro) subiram 8,87% e 7,83%, respectivamente, enquanto o pernil aumentou 6,67%. O frango congelado teve um reajuste de 2,5%. A única exceção foi o ovo, onde o preço caiu 1,23%.

Variações

Os preços de alguns produtos básicos também apresentaram variações. O óleo de soja registrou um aumento de 11%, seguido por café torrado e moído (2,33%) e batata (2,18%). Entre os itens que ficaram mais baratos, a cebola foi a que teve a maior queda (-6,26%), seguida pelo leite longa vida (-1,72%), papel higiênico (-0,71%) e feijão (-0,51%).

As variações regionais também foram notadas. No Norte, o aumento foi de 3,94%, com os preços passando de R$ 816 para R$ 848,16. No Centro-Oeste, o aumento foi de 3,30%, enquanto no Sudeste foi de 2,98%. No Nordeste e Sul, as variações foram de 2,45% e 2,18%, respectivamente.

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