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Novo centro da Fiocruz deve baratear remédios e fortalecer SUS no Ceará

Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, vai receber um complexo tecnológico da Fiocruz destinado à produção de princípios ativos para medicamentos de alto custo. A iniciativa visa reduzir o preço de tratamentos oncológicos, para doenças inflamatórias e hormônios, atendendo prioritariamente ao Sistema Único de Saúde (SUS) e fortalecendo a autonomia da indústria farmacêutica brasileira.

O Complexo Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE) está sendo instalado no Distrito de Inovação e Saúde do Ceará (DIS-CE), com investimento de R$ 1 bilhão. A unidade expandirá a capacidade de produção do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), no Rio de Janeiro, e deve fabricar insumos para rituximabe, trastuzumabe, adalimumabe, somatropina e insulina recombinante.

Novo centro da Fiocruz deve baratear remédios e fortalecer SUS no Ceará
Foto: Divulgação/Fiocruz

A construção, iniciada em junho, será executada em três etapas e deve gerar ao menos 400 empregos diretos. A conclusão está prevista para fevereiro de 2027. Além disso, profissionais locais poderão ter acesso à capacitação técnica.

SUS

Segundo Marco Nascimento, vice-presidente adjunto de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, os medicamentos produzidos serão destinados prioritariamente ao SUS. Somente o excedente poderá ser enviado a outras instituições ou países parceiros.

“Há também previsão de cooperação com organismos internacionais, como OMS, com envio para outros países que estejam em situação de necessidade”, comentou.

A produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), componente principal dos medicamentos, é apontada como estratégia-chave para reduzir a dependência do Brasil de importações. Hoje, mais de 90% do IFA usado no país é importado. O complexo deve iniciar a fabricação de IFAs de biofármacos a partir de 2031, com expectativa de reduzir os custos gradualmente à medida que a tecnologia seja dominada localmente.

Economia

A produção nacional deve baratear medicamentos como rituximabe e trastuzumabe, atualmente em torno de R$ 10 mil por caixa. O mesmo medicamento produzido pela Biomanguinhos pode custar entre R$ 2.600 e R$ 3.700, representando uma economia para os cofres públicos. Além da redução de gastos, a produção própria previne desabastecimentos.

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