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Número de focos de calor cresce 5% em 2024 e alcança todos os municípios cearenses

A chegada da fase mais seca do ano acende um alerta em todo o Ceará: o risco de queimadas e incêndios florestais. Segundo projeções da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), os casos tendem a se intensificar nos próximos meses.

Com o solo mais exposto, a vegetação ressecada e a combinação de altas temperaturas, ventos fortes e baixa umidade, o cenário se torna favorável para o avanço do fogo em diversas áreas do Estado. Nesse sentido, para amparar gestores públicos, órgãos de segurança e a população, a Funceme disponibilizou o Anuário de Focos de Calor 2024. O documento atualiza o retrato do problema em todo o território cearense.

De acordo com o levantamento, os 184 municípios do Ceará tiveram registros de focos de calor em 2024. O monitoramento, realizado por satélites meteorológicos como o AQUA, identificou 7.166 focos no ano passado, o que representa 5% a mais que em 2023. O volume é o sétimo mais elevado desde 1998 e consolida uma curva de crescimento observada desde o ano retrasado, após mais de dez anos de queda.

Número de focos de calor cresce 5% em 2024 e alcança todos os municípios cearenses
Foto: Reprodução

Anuário

Para além dos números, o anuário detalha onde e quando os focos se concentram. As informações ajudam a direcionar campanhas educativas, estratégias de fiscalização e planos de contingência coordenados por órgãos como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, IBAMA/PREVFOGO e Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema).

Segundo Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme, esse mapeamento é crucial para evitar que as chamas se alastrem de forma descontrolada. “O anuário constitui um importante subsídio ao planejamento e tomada de decisões no combate às queimadas e incêndios florestais, visto que reúne análises detalhadas sobre a distribuição espacial e temporal dos focos de calor, identificando áreas com maior incidência, seja em municípios, bacias hidrográficas, rodovias e unidades de conservação”, explica.

A atuação da Funceme vai além do acompanhamento via satélite. Há mais de duas décadas, a instituição integra o programa estadual Previna, fortalecendo a ligação entre previsão meteorológica, vigilância ambiental e medidas preventivas. Modelos de risco, mapas atualizados e relatórios semanais e mensais são produzidos regularmente, funcionando como apoio para brigadistas e equipes de resposta em campo.

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