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O Fortaleza Esporte Clube e os seus 106 anos recém-completados

Dono de uma das maiores torcidas do Brasil e de uma história que o credencia como um dos times mais tradicionais do país, o Fortaleza Esporte Clube, na última sexta-feira, 18 de outubro, completou 106 anos de existência. Com uma trajetória de títulos e resiliência, além das cores vermelha, azul e branca estampadas no escudo, o Tricolor do Pici teve em 1918 o ano de fundação por Alcides Santos, que foi um dos grandes nomes no desenvolvimento do futebol cearense. Nesse sentido, o Tricolor de Aço, inclusive, já expressou diversas vezes o seu reconhecimento e gratidão por essa figura icônica. Inclusive, em homenagem a Alcides Santos, o Leão lançou um uniforme recentemente e que foi utilizado na partida diante do Atlético-MG.

Atleta do Fortaleza com o uniforme em homenagem a Alcides Santos. Foto: Mateus Lotif / FEC

Campanhas históricas na Taça Brasil

Em 1960, o Laion surpreendeu o país, orgulhou a torcida e garantiu vaga na final da Taça Brasil, que correspondia, na época, ao Campeonato Brasileiro. Diante do Palmeiras, a equipe cearense foi vice-campeã.

Em 1968, o Leão voltou a ser o centro das atenções depois de mais uma bela campanha na competição. Dentro de campo, o time superava os adversários. Fora das quatro linhas, os torcedores se animavam com a possibilidade de ir cada vez mais longe. O Tricolor do Pici novamente chegou na final e ficou de novo com o vice-campeonato. Desta vez, para o Botafogo.

Os anos de sofrimento na Série C

Após sofrer na Série C em alguns anos do final do século 20, o Tricolor de Aço voltou a frequentar a terceira divisão.

Em 2009, a péssima campanha na Série B fez com que o time fosse rebaixado.

De 2010 a 2016, a equipe se manteve na Série C depois de ser eliminado dolorosamente na fase eliminatória por clubes como Oeste-SP, Macaé-RJ, Brasil de Pelotas-RS e Juventude-RS.

Em 2017, o torcedor já estava calejado com as decepções nas temporadas anteriores. Porém, o destino seria diferente. No confronto decisivo, contra o Tupi-MG, o FEC rugiu alto, conquistou o acesso e espantou o fantasma da terceira divisão. Posteriormente, ficou com o vice-campeonato diante do CSA-AL.

Time do Fortaleza em partida pela Série C 2017. Foto: Reprodução Instagram Marcelo Boeck

A ascensão

Em 2018, comandado por Rogério Ceni, foi campeão da Série B e carimbou vaga para a elite nacional.

Em 2019, foi campeão estadual, conquistou a primeira taça da Copa do Nordeste e assegurou participação na Copa Sul-americana.

Em 2020, foi bicampeão estadual, permaneceu na primeira divisão, mas foi eliminado ainda na primeira fase da Sul-americana pelo argentino Independiente.

Em 2021, o atual treinador, o argentino Juan Pablo Vojvoda, foi contratado em maio e conquistou o tricampeonato estadual. Na Série A, ficou em quarto lugar, concretizou a vaga na Copa Libertadores, além de ter disputado a semifinal da Copa do Brasil contra o Atlético-MG.

Em 2022, foi tetracampeão estadual, garantiu o segundo troféu da Copa do Nordeste e se classificou na fase de grupos da Libertadores que disputou com o argentino River Plate, o chileno Colo-Colo e o peruano Alianza Lima. Nas oitavas de final, se despediu da competição ao enfrentar o Estudiantes, da Argentina. Na elite nacional, protagonizou uma recuperação épica, visto que fez história ao terminar o primeiro turno na lanterna e finalizar o torneio com a oitava colocação e a vaga na Pré-Libertadores.

Em 2023, conquistou o 46° título do Campeonato Cearense ao ser pentacampeão estadual, ficou na décima posição da primeira divisão e fez uma linda campanha na Sul-americana, competição em que foi vice-campeão depois de enfrentar a LDU, do Equador.

Em 2024, conquistou a Copa do Nordeste pela terceira vez e briga na elite nacional por uma vaga novamente na Libertadores.

Futebolistas do Fortaleza comemoram título da Copa do Nordeste 2024. Foto: Mateus Lotif / FEC

O mascote do Fortaleza Esporte Clube foi definido depois de iniciativa de Sílvio Carlos, jornalista e ex-dirigente do Tricolor do Pici. No final da década de 1960, Sílvio contou com o auxílio do também jornalista Vicente Alencar. O símbolo da dedicação dos atletas po time é representada pelo Leão. A fibra do nordestino e a garra do animal citado também foram justificativas para a escolha. Juba é como o mascote masculino foi carinhosamente nomeado. No aniversário de 102 anos, em 18 de outubro de 2020, a mascote feminina foi criada. Stella foi o nome escolhido pela torcida tricolor.

Juba e Stella, os mascotes do Fortaleza. Foto: Reprodução Instagram Juba Mascote

Nestas recentes temporadas, o Tricolor de Aço vivencia um crescimento administrativo, estrutural, financeiro e esportivo impressionantes. O Leão virou sinônimo de boa gestão e os grandes públicos que lotam os jogos do Laion como mandante também inspiram diversas equipes. Com 106 anos recém-completados, a torcida do Tricolor espera que a equipe nunca perca o espírito de superação, mas também deseja que a lista de títulos cresça cada vez mais.

Torcedores do Fortaleza realizam mosaico em homenagem ao clube. Foto: Mateus Lotif / FEC

Parabéns e vida longa ao Fortaleza Esporte Clube!

“Fortaleza
Clube de glória e tradição
Fortaleza
Quantas vezes campeão
Fortaleza
Querido idolatrado
Estás sempre guardado
Dentro do meu coração

Altivo
Tua vida sempre foi um marco
Tua glória é lutar e vencer também
Salve o Tricolor de Aço

No campo
Provaste mesmo que não tens rival
Tua turma é valente, é sensacional
Salve o Tricolor de Aço

Soberbo tua fibra representa um norte
Combativo, aguerrido, vibrante e forte
Sem demonstrar cansaço
Receba um sincero
Abraço da torcida tão leal
Meu Tricolor de Aço”

ANC Esportes, a casa dos times cearenses.

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