Vinte localidades da Região do Cariri foram beneficiadas com os novos oito sistemas de abastecimento de água que foram instalados ao longo dos canais do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, inaugurou as estruturas durante cerimônia na Estação de Tratamento de Água de Palestina do Cariri, zona rural de Mauriti.
No evento, o ministro destacou que essa é uma das iniciativas de investimento para assegurar água para todos. “A inauguração desse sistema de Mauriti, bem como a recuperação da barragem de Quixabinha, fazem parte de todo esse investimento que o presidente Lula começou lá atrás, em 2007. O Ceará talvez seja o estado do Brasil que mais construiu resiliência ao longo da história, mas mesmo assim, eu tenho certeza que de Lula pra cá a história do Nordeste e do semiárido brasileiro mudou pra melhor”, ressaltou.
Os sistemas estão localizados nas cidades de Barro, Jati, Mauriti e Penaforte e irão atender a mais de 12 mil pessoas e estavam previstos entre as medidas do Projeto Básico Ambiental (PBA) do PISF. O programa estabelece estratégias de compensação, monitoramento e redução dos impactos da construção da transposição para as populações que vivem próximas às áreas alagadas. A construção dos sistemas foi uma realização do MIDR junto com o governo do Estado do Ceará, com custo de aproximadamente R$ 31,5 milhões.
Durante a cerimônia de inauguração, também houve a autorização para que o secretário nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, inicie os estudos técnicos na barragem do reservatório Quixabinha. A análise vai realizar a verificação a respeito de que forma as águas do Eixo Norte do PISF podem reforçar o abastecimento do reservatório, com o objetivo de atender comunidades agrícolas próximas, que dependem da água para irrigar suas plantações em um antigo perímetro implantado pelo DNOCS.
Em Cana Bravinha, distrito de Palestina, Albino Gonçalves Viana, 44 anos, está na expectativa de ver o reservatório de Quixabinha voltar a operar. O agricultor, que é presidente da Associação Comunitária dos Agricultores Rurais Cana Bravina, se mostra esperançoso; “Hoje, a produção é pequena, só mesmo o que a gente consegue manter com poço, porque energia é cara e a estrutura é pouca. Se essa água chegar no açude de Quixabinha, vai ser nossa chance de voltar a produzir de verdade”, afirmou.
