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Operação apura compra de materiais a empresa de fachada para hospital de campanha do PV

A operação intitulada de “Cartão Vermelho”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria Geral da União (CGU), indica que uma suposta empresa de fachada teria sido utilizada para vender materiais de saúde que deveriam equipar o hospital de campanha do Estádio Presidente Vargas, levantado para tratar pacientes com acometidos pela Covid-19, em Fortaleza.

Conforme os primeiros dados levantados, o prejuízo aos cofres públicos seria de R$ 7 milhões. De acordo com o delegado federal, Alan Alexandrino, alguns equipamentos sequer foram encontrados nos supostos lugares de compra. Ele também cita supostas práticas de compras sobre preço elevado. “A investigação aponta indícios de que os oxímetros de pulso utilizados no Hospital de Campanha do PV foram comprados numa empresa de fachada. Empresa que não tinha capacidade de fornecimento desses bens, em aquisição milionária. Os investigadores estiveram na empresa e afirmaram que a empresa nem vendia o produto adquirido mediante licitação […] Eu cito aqui comparação com o estado do Piauí, comparação com compras efetivadas no estado da Paraíba. Os preços adquiridos no Hospital de Campanha (do PV), dos equipamentos utilizados, eram mais caros, apesar das compras serem em maior quantidade”, afirma.

Dentre as supostas irregularidades, o diretor de Operações Especiais da CGU, Israel José Reis de Carvalho, cita indícios de emprego errôneo dos recursos públicos. Segundo o diretor, o Hospital de Campanha tinha 204 leitos. Mas foram comprados 300 monitores paralétricos. O restante foi distribuído entre postos de saúde da Capital.

Operação

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União deflagraram, na manhã desta terça-feira (3), a Operação Cartão Vermelho, que investiga suposto desvio de recursos públicos destinados ao combate do novo coronavírus em Fortaleza. São cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em domicílios de investigados, sendo 13 na Capital, outros 13 em São Paulo e um em Pelotas (RS).

A Operação decorre de Inquérito Policial instaurado em junho de 2020 para apurar crimes de corrupção, desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação no contexto do enfrentamento ao coronavírus, em Fortaleza, em específico no Hospital de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas.

A Prefeitura de Fortaleza nega as acusações e diz que “Temos convicção que ao final dessa ação fiscalizatória, ficará comprovado o correto e austero uso dos recursos públicos para proteger e salvar vidas durante a pandemia”, destaca a mensagem.

Com informações do Diário do Nordeste

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