O Ministério Público do Ceará (MPCE) participou, nesta quarta-feira (23/04), da “Operação Proteus”, ação de abrangência nacional coordenada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). O intuito era investigar supostos crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro envolvendo membros de uma cooperativa agrícola. A ofensiva contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Núcleo de Apoio Técnico à Investigação (Nati) e da Polícia Civil cearense.
No estado, as autoridades cumpriram um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão contra uma mulher suspeita de integrar o esquema. A prisão ocorreu no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza. No local, foram encontrados dois celulares, dois cartões de crédito e uma balança digital de precisão. Agora, os materiais fazem parte do processo investigativo.
A operação mirou ainda outros alvos em diferentes regiões do país. Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de prisão e oito de busca e apreensão.
O que está sendo investigado?
O caso começou a ser apurado após o MPPR receber uma denúncia sobre o desvio de recursos durante a venda de parte da cooperativa. As apurações apontam que membros da diretoria teriam se apropriado de mais de R$ 18 milhões, prejudicando aproximadamente 10 mil cooperados.
De acordo com o MPPR, o grupo teria criado empresas de fachada registradas em nome de “laranjas”, emitido notas fiscais fictícias de serviços que jamais foram prestados e usado esses documentos para justificar a saída do dinheiro do caixa da cooperativa. Há também indícios de que membros efetivos e suplentes dos Conselhos Fiscal e Administrativo tenham recebido cerca de R$ 100 mil cada para aprovar as contas fraudulentas da organização.
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