Natural de Icó, Juraci, conhecido como Tesoura de Ouro, foi solto na última segunda-feira, 15, após ser suspeito de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e sonegação de imposto que totalizou em R$ 45 milhões.
Conforme as investigações, Juraci era membro de um grupo que utilizava pelo menos 123 empresas fictícias ou de fachada para emitir notas fiscais fraudulentas, com o intuito de evitar o pagamento de impostos. Essas empresas estavam registradas em nome de “laranjas”, cujo estilo de vida não condizia com os valores movimentados.
A prisão ocorreu na manhã do dia 11 de abril no Distrito Federal. Ao ser detido, o empresário pagou uma fiança de R$ 5 mil por porte de arma. Contudo, como não havia mandado de prisão temporária em seu desfavor, ele foi encaminhado à carceragem da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP). Na segunda-feira, dia 15, a defesa de Juraci conseguiu a revogação da prisão.
Operação Sarto
As investigações têm como principais alvos os verdadeiros proprietários das empresas, os quais são os beneficiários reais da sonegação fiscal e da lavagem de dinheiro. Eles serão responsabilizados pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, podendo enfrentar penas de até 28 anos de prisão.
Ao todo, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, além de um de prisão temporária, em empresas e residências de investigados nas regiões administrativas de sudoeste, Águas Claras, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Recanto das Emas, Ceilândia, Planaltina de Goiás e Cidade Ocidental.
