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Orgulho da educação pública: alunas de Fortaleza são finalistas em Olimpíada Nacional de História

Orgulho da educação pública: alunas de Fortaleza são finalistas em Olimpíada Nacional de História
Foto: Fábio Lima

Três alunas de uma escola pública localizada no bairro Henrique Jorge, em Fortaleza, foram classificadas para a final da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). A fase final será presencial e ocorrerá em agosto, no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo.

Entre as mais de 57 mil equipes inscritas, as estudantes Iara Carneiro da Paz, de 18 anos, Vitória Sena Girão, de 17 anos, e Analice Bernardo de Sousa, de 17 anos, integram um dos 351 grupos finalistas de todo o País.

As adolescentes estão na 3ª série do Ensino Médio da Escola de Ensino Fundamental e Médio João Paulo II. Este é o último ano delas no ensino médio. Essa é a terceira vez que as meninas participam da competição e pela primeira vez elas foram classificadas para a final. No primeiro ano, Iara e Analice foram semifinalistas, mas no segundo ano ficaram na quarta fase. Vitória se juntou à equipe neste ano, após mudar de escola.

Samanta Forte, de 35 anos, é a orientadora e professora de história da escola João Paulo II, que está acompanhando as alunas na ONHB. Ela trabalha na escola João Paulo II desde 2014 e, a partir do ano seguinte, a instituição de ensino começou a participar da Olimpíada. Embora a escola já tenha tido equipes que chegaram à semifinal, é a primeira vez em 10 anos que a escola consegue ter uma equipe finalista.

A professora destaca a persistência, a paixão, o interesse e a proatividade das alunas como um grande diferencial, pois elas vêm tentando há algum tempo e insistem no processo da Olimpíada, não apenas com a intenção de ir para a final, mas por curiosidade e vontade de aprender. 

“Um grande diferencial delas é essa persistência mesmo. De um ano foi até a sexta fase, outro ano foi até a quinta fase, mas essa persistência delas e essa paixão, esse interesse, essa proatividade é o grande diferencial”, comenta Samanta.

Samanta Forte e o professor Raul Castro (o outro orientador) são amigos desde a faculdade de história e são figuras centrais no sucesso das alunas. Eles também se dedicaram intensamente, vendo o trabalho da equipe ser recompensado com a inédita participação na final da ONHB.

A maior dificuldade, tanto para os alunos quanto para os professores, é a questão do tempo. Nas escolas públicas, não há uma carga horária específica destinada à participação na Olimpíada de História. Os professores dedicam tempo da vida pessoal e dos finais de semana, para orientar as equipes, além de suas demandas normais de sala de aula, provas e notas dos demais alunos 

Para as meninas, a conquista serve como inspiração para outros alunos, especialmente os mais novos do João Paulo II. Agora há muito reconhecimento e apoio dos outros alunos da escola, que as parabenizam e perguntam sobre a Olimpíada, mostrando interesse em participar no futuro.

A competição, promovida pela Unicamp, envolve seis fases online que testam conhecimentos em história, interpretação de fontes, análise crítica e produção textual. A fase final será presencial e ocorrerá em agosto, em São Paulo.

De todo o País, o Ceará é o estado que mais classificou equipes na competição, com um total de 107 grupos finalistas na ONHB.

As alunas conseguiram gabaritar a quarta fase da Olimpíada, a fase de transcrição, considerada a mais difícil, em que as equipes devem transcrever um documento histórico.

A professora enfatiza que participa não apenas pela classificação, mas pelos ganhos em conhecimento e criticidade que a Olimpíada proporciona. As alunas também acham que a Olimpíada ajuda a ter um pensamento mais crítico. Para as três, a ONHB também contribui para o conhecimento de modo geral, porque muitas questões abordam temas não vistos em sala de aula, complementando o aprendizado.

 

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