A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) emitiu parecer contrário ao pedido do deputado Carmelo Neto. O parlamentar tem o objetivo de alterar seu nome no meio político para “Carmelo Bolsonaro”. De acordo com o documento da Procuradoria, a mudança não tem previsão no regimento interno. Além disso, a Procuradoria afirma que não há ligação direta entre o sobrenome “Bolsonaro” e a trajetória política ou pessoal do deputado Carmelo.
O órgão apontou que o nome solicitado não consta no registro civil de Carmelo Neto e nunca foi utilizado de forma regular em campanhas, redes sociais ou atividades legislativas. O deputado Carmelo Neto, que está de licença parlamentar, afirmou que aguarda a resolução final da sua solicitação. “Não é um ato decisório, mas apenas um parecer. A decisão final fica com a Mesa Diretora e vamos aguardar seu posicionamento”, afirmou.
O desfecho deste caso ficará a cargo da Mesa Diretora, que vai decidir se mantém ou não a recomendação. Ou seja, por enquanto, Carmelo Neto continuará usando o nome atual nos atos políticos da Casa. Segundo o parecer, embora apelidos e cognomes sejam aceitos, é necessário existir uma relação direta com a trajetória política.
Casos semelhantes ao de “Carmelo Bolsonaro” foram registrados em outras Assembleias
Casos que abordam a mesma discussão, mas com desfechos diferentes, foram registrados em outras Assembleias Legislativas pelo Brasil. Em 2018, por exemplo, alguns parlamentares de Minas Gerais adotaram no sobrenome política referências a Lula (na época ex-presidente da República).
Naquele ano, os deputados Rogério Correia, Cristiano Silveira e Paulo Guedes passaram a adotar o nome do petista em suas identificações. Inclusive, com registros no painel de votação como mostra a foto a seguir:
O mesmo aconteceu no ano de 2024, quando o vereador de Porto Alegre, filiado ao Partido Novo, mudou o nome parlamentar de Felipe Camozzato para Felipe Lava Jato”.
Novos pedidos
Em Juazeiro do Norte, como forma de apoio ao ex-presidente da República, que cumpre prisão domiciliar, o vereador Boaz David (PL) também realizou uma solicitação: ele agora deseja ser chamado de “Boaz do Bolsonaro”.
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