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Patos é diversão “patoda” família (Crítica)

Dirigido pela dupla Benjamin Renner (A Raposa Má) e Guylo Homsy (Meu Malvado Favorito), Patos é um filme que, provavelmente, você já viu, mesmo antes de assistir. Porém, é o título certo para aproveitar em família nas férias.

O filme é focado em uma família de patos, que vive em um pântano afastado dos perigos de predadores e da humanidade. Contudo, ao conhecerem um bando que está migrando para a Jamaica, com objetivo de fugir do inverno, boa parte da família desperta o desejo de fazer o mesmo, menos Mack, patriarca do grupo de protagonistas.

Mack é o típico pai medroso e exageradamente protetor, e que nega o desejo de sua família de imigrar, com a justificativa de que o mundo afora é muito perigoso e o único lugar seguro é o pântano que vivem. No entanto, ao perceber que está se distanciando da família e que pode perdê-los, Mack aceita o pedido, então, ele e sua família irão imigrar para a Jamaica.

Bom, só a partir disso você já pode ter assimilado Patos com outras animações. Contudo, a história de Renner e Mike White (Escola do Rock) não sente vergonha das possíveis inspirações, e decide apostar em uma história divertida e que traga o mínimo de desenvolvimento para os seus personagens. Sendo tudo isso envolto a ótimas piadas e um timing cômico competente, não é à toa que, praticamente, todos os personagens são engraçados.

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Além disso, acredito que as interações entre todos os personagens principais farão boa parte do público dizer algo como: “isso é muito meu pai”, “eu sou assim com meu irmão”, “esse pato lembra meu tio”, etc. Isso mostra a clara intenção do projeto em ser um título voltado para a família assistir junto e ser muito identificável da maneira que você vê seus familiares e como convivem.

Há outros personagens que aparecem no decorrer da narrativa, que são muito básicos e agregam minimamente para a história e aos principais. Sendo o maior destaque o vilão, que é justamente o mais básico de todos, mas é aquele que mais combina com a proposta, sendo um personagem que faz coisas absurdas e malucas por um objetivo simples, mas que combina com a proposta do projeto.

Outro ponto de destaque é a qualidade visual do filme, a fotografia de Damien Bapst (Meu Malvado Favorito 2) e o design de produção de Colin Stimpson (Lorax) são muito competentes. Fora o nível da animação da Illumination, que em 2023 já encantou com Super Mario Bros, e continuou fazendo bonito com Patos. Mesmo que o filme baseado no famoso da Nintendo encante mais, é importante lembrar que ele possui muitos mais elementos fantásticos e que podem ser utilizados de maneira extraordinária. Enquanto Patos, apesar de também utilizar de alguns exageros, é ambientado em um mundo mais “realista”, por assim dizer, mas que ainda consegue uma qualidade visual bela.

Por fim, Patos é um filme previsível, narrativa e desenvolvimento de personagens que trabalham no básico. No entanto, é um filme que se sai bem ao assumir sua simplicidade e apostar em ser uma história para se assistir com a família. Além de suas qualidades visuais, onde trabalha com um estilo de animação 3D já batido, mas tão bem executada e caprichada, que acaba se destacando.

Nota: 7/10

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