Nesta quinta-feira (03/07), o Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma solicitação para interromper temporariamente a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). A medida busca sanar possíveis deficiências no edital, especialmente no que diz respeito às regras para ações afirmativas destinadas a candidatos que concorrem por cotas.
Conforme detalhado pelo órgão, o documento lançado na segunda-feira (30/06) amplia o percentual de vagas reservadas para cotas raciais, mas não detalha quais serão os critérios usados na distribuição dessas vagas nem a forma de implementação desse sistema. As inscrições para o certame tiveram início na quarta-feira (02/07).

Além disso, o Ministério Público aponta que o edital não garante a existência de um cadastro de reserva proporcional às modalidades de cotas, o que dificultaria o controle social sobre o cumprimento das vagas destinadas. Outro ponto de preocupação é a repetição de problemas já identificados na primeira edição do concurso, realizada em 2024.
Sobre o assunto, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que ainda não recebeu nenhuma notificação oficial sobre a ação ajuizada. As provas do CNU estão previstas para os meses de outubro e dezembro deste ano. Segundo a ministra da pasta, Esther Dweck, o certame já superou a marca de 100 mil inscrições em menos de 24 horas, totalizando 3.652 vagas distribuídas entre 32 órgãos federais.
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