O mercado de trabalho no Ceará apresentou resultados positivos em outubro de 2024, impulsionado especialmente pelas micro e pequenas empresas (MPEs). Esses empreendimentos geraram 3.617 empregos formais, número que corresponde a todo o saldo positivo de vagas no estado no período. Os dados foram analisados pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Apesar do saldo geral de 3.187 contratações líquidas em outubro, o estado enfrentou desafios, como o impacto das demissões realizadas por médias e grandes empresas. Essas dispensas somaram 669 vagas encerradas e limitaram o desempenho que poderia ter sido ainda mais robusto.
No acumulado de janeiro a outubro de 2024, o Ceará registrou 58.049 novos empregos formais, superando em 7,5% o total de contratações de 2023, que alcançou 53.954 ao longo de todo o ano. As MPEs contribuíram com a maior fatia desse saldo, adicionando 44.102 vagas, o que equivale a 76% do total gerado no estado até agora.
No recorte por setores, o segmento de Serviços foi o grande destaque entre as MPEs cearenses, com 21.921 vagas criadas nos dez primeiros meses do ano. A Indústria da Transformação e o Comércio também tiveram participações relevantes, adicionando 7.053 e 6.502 empregos, respectivamente. Na Construção Civil, apesar do desempenho negativo em outubro, com cerca de 800 demissões, o saldo acumulado no ano foi de 5.748 contratações.
No cenário nacional, em outubro de 2024, o país gerou 132.714 novos empregos formais, sendo 76% deles provenientes de MPEs, que criaram 101.151 vagas. Esse resultado é mais que o dobro das 38.673 contratações realizadas por médias e grandes empresas no mesmo período.
Ao longo de 2024, as MPEs demonstraram sua relevância para a economia brasileira, acumulando 1.336.822 novos postos de trabalho, o equivalente a 60% das contratações totais no país. O setor de Serviços liderou a geração de empregos, adicionando 42.134 vagas em outubro, seguido pelo Comércio (35.493) e pela Indústria da Transformação (14.708).
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