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Pesquisa aponta níveis de endividamento e confiança dos consumidores fortalezenses em abril

Segundo a pesquisa Perfil do Endividamento do Consumidor em Fortaleza, o endividamento dos residentes da capital cearense atingiu 75,3% em abril de 2024. Isso representa um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, mas permanece abaixo do indicador registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 75,7%. O levantamento foi conduzido pela Fecomércio Ceará através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).

O índice de consumidores com contas pendentes ou dívidas em atraso também aumentou, passando de 21,8% em março para 24,2% em abril. Contudo, este indicador permanece abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de 24,6%. O perfil dos consumidores com contas em atraso mostra predominância do sexo masculino, com idade acima dos 35 anos e renda familiar superior a dez salários-mínimos.

Em relação ao comprometimento da renda em Fortaleza para o pagamento de dívidas, os números chamam a atenção. Segundo a pesquisa, os consumidores destinam, em média, 45,6% da renda familiar para este fim. Os principais meios de crédito utilizados são cartões de crédito (80,5%), financiamentos bancários (18,8%), empréstimos pessoais (9,5%) e carnês/crediários (4,5%). O endividamento médio é de R$ 1.794, com um prazo médio de nove meses para seu vencimento total.

A pesquisa destaca que são os gastos correntes que predominantemente contribuem para o endividamento. O destaque vai para a aquisição de alimentos a prazo, despesas relacionadas à saúde, custos de aluguel residencial e compra de itens de vestuário. Dessa forma, concluiu-se que a taxa de inadimplência potencial aumentou em abril, indicando que 11,9% dos consumidores enfrentarão dificuldades financeiras para cumprir suas obrigações.

Pesquisa aponta níveis de endividamento e confiança dos consumidores fortalezenses em abril
Foto: Natinho Rodrigues/Diário do Nordeste

Confiança do consumidor

Também conduzida pela Fecomércio, outra pesquisa revela que no mês de abril há um panorama otimista em relação à confiança do consumidor, registrando um índice de 118,7 pontos. Esse resultado representa um aumento significativo de 3,5% em relação ao mês anterior, superando também os números do mesmo período no ano anterior.

De acordo com o levantamento, 48,8% dos entrevistados consideraram o período propício para a aquisição de bens duráveis. Entre os consumidores mais inclinados a realizar compras, predominam aqueles do sexo masculino (51,3%), com idades entre 18 e 24 anos (52,7%) e uma renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (58,1%).

O estudo revela um otimismo generalizado em relação à situação financeira tanto atual quanto futura, com 70,1% dos consumidores percebendo melhorias em sua situação financeira atual em comparação ao ano anterior. Além disso, 83,8% esperam que as condições futuras sejam ainda melhores.

Apesar do otimismo com a economia nacional, evidenciado por 65,3% dos entrevistados acreditando em uma melhoria nos próximos doze meses, a taxa de intenção de compra registrou uma queda para 35,8%. Isso representa o pior resultado desde março de 2022.

O valor médio das compras é estimado em R$ 620,58, com bens duráveis como os mais procurados. Entre os itens mais citados estão geladeiras e refrigeradores (20,3%), televisores (18,2%), móveis e artigos de decoração (16,8%), artigos de vestuário (13,6%), aparelhos de telefonia celular e smartphones (12,1%), máquinas de lavar roupa (11,8%), fogões (11,4%) e calçados (8,2%).

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