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Pesquisa aponta que gênero influencia no faturamento

Uma pesquisa da SumUp, uma empresa global especializada em soluções financeiras, indica que 41% das mulheres obtêm uma renda inferior a um salário-mínimo, ao passo que apenas 10% dos homens estão na mesma faixa. No segmento de altos rendimentos, apenas 10% das mulheres recebem mais de cinco salários-mínimos, enquanto 25% dos homens alcançam esse patamar.

O estudo também destaca que 84% das empreendedoras assumem a responsabilidade predominante pelas tarefas domésticas. Por outro lado, apenas 31% dos homens se encarregam da maior parte das tarefas domésticas. Esse contraste impacta diretamente na quantidade de tempo dedicado aos negócios, com as mulheres frequentemente investindo menos tempo nas suas atividades empresariais comparadas aos homens.

Para Luiza Alyne, diretora Vogal do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-CE), a falta de uma rede de apoio efetiva é um fator crucial que impacta negativamente o desempenho das donas de negócios. “A pesquisa deixa claro que as mulheres possuem mais escolaridade, prudência e muita energia para empreender, resta fundamentalmente esta energia não ser exaurida por uma jornada recorrentemente dupla, muitas vezes tripla”, comenta.

Pesquisa aponta que gênero influencia no faturamento
Foto: Reprodução

Liderança familiar e condições de trabalho

A pesquisa ainda revela que 63% do público feminino que empreende são as principais responsáveis pelo sustento de suas famílias, em comparação com 92% dos homens que exercem a mesma função. Além disso, 52% das mulheres trabalham a partir de casa, um índice bem maior do que o de 29% dos homens na mesma condição.

Chris Estrela, especialista em gestão e consultoria no setor de empreendedorismo, aponta que a discrepância entre os gêneros ainda é um obstáculo significativo para as mulheres que empreendem. Um dos maiores desafios é o acesso ao financiamento, com muitas mulheres enfrentando taxas mais elevadas de rejeição a empréstimos e investimentos em comparação com os homens.

“Isso é frequentemente atribuído a preconceitos inconscientes entre os investidores e a uma rede de contatos menos robusta, o que limita suas oportunidades de expandir seus negócios. A ausência de exemplos tangíveis de sucesso dificulta a visualização de um caminho claro para as aspirantes a empreendedoras, minando sua confiança e capacidade de perseguir suas ambições”, explica.

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