– relatam falta de vacinas. Em seguida vêm os Municípios do Ceará, com 86% (51 dos 59 respondentes); Espírito Santo, com 84% (38 dos 45 respondentes); e Minas Gerais, com 83% (412 dos 496 respondentes) dos Municípios afetados.
Além do cenário geral que preocupa a entidade, a falta de proteção contra a covid-19 se acentua em um momento delicado. “A primeira semana de dezembro teve um aumento de 60% no número de notificações da doença no Brasil. É o maior desde março”, alerta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. O país registrou 20.287 casos de 1 a 7 de dezembro, segundo dados do Painel Covid-19 do Ministério da Saúde.
Segundo Ziulkoski, os estoques de vacinas estão irregulares e a União precisa responder por isso. Na avaliação dele, o cenário pode se agravar tanto pela ausência de vacinas quanto pela percepção da população de um “relaxamento” na necessidade de se vacinar. Em razão disso, a CNM também cobra o reforço das estratégias de conscientização, o que nesse caso, contudo, só é possível se houver vacinas disponíveis.
Coqueluche
A terceira vacina que mais Municípios (520 ou 18%) apontaram falta de doses foi a DTP, que combate a difteria, o tétano e a coqueluche. O imunizante já não constava nos estoques dessas cidades, em média, há 60 dias.
Esse é outro cenário que aumenta o alerta para o Brasil, uma vez que o país enfrenta surtos de coqueluche, doença respiratória e altamente contagiosa. Os casos confirmados cresceram quase 2.000% em 2024 em comparação com 2023, e o país atingiu o maior patamar da doença desde 2014. Até 27 de novembro deste ano, foram registrados 4.395 casos, a maioria deles (1.767) no Paraná. No total, há 17 óbitos pela doença no Brasil em 2024, sendo 16 em crianças menores de 1 ano. O temor é que a situação se agrave com a escassez da vacina.
A pesquisa também identificou, entre os Municípios participantes, falta da vacina Meningocócica C, que protege contra infecções graves e fatais, como a meningite (indisponível em 12,9% (375) das cidades); da Tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela, (indisponível 11,6% (337) dos Municípios) e da Febre Amarela (indisponível em 9,7% (280) Municípios).