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Pesquisa traz dados sobre insegurança feminina em deslocamentos em Fortaleza

Uma pesquisa realizada pelos Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com o apoio da Uber, revela que 65% das mulheres em Fortaleza já enfrentaram algum tipo de violência ao se deslocarem pela cidade. O estudo ouviu 350 moradoras da capital cearense e trouxe à tona alguns dados sobre a segurança das mulheres no transporte público e nas ruas.

Entre as principais ocorrências relatadas estão olhares insistentes e cantadas (31%); assaltos, furtos ou sequestros relâmpago (35%); importunação ou assédio sexual (19%); preconceito ou discriminação por características pessoais, excluindo raça (14%); racismo (10%); agressões físicas (6%); e estupro (5%).

Além disso, 77% das mulheres em Fortaleza relatam um medo de violência ao se deslocarem pela cidade. Assaltos, sequestros, estupros e assédios são os principais medos das residentes quando estão fora de casa.

Pesquisa traz dados sobre insegurança feminina em deslocamentos em Fortaleza
Foto: Fabiane de Paula

Comparando com a média nacional, que é de 66% de medo de assaltos, o número de mulheres em Fortaleza que se preocupam com essa situação é ainda maior, alcançando 79%. A preocupação com o estupro é também mais alta na capital cearense, com 73% das mulheres temendo essa forma de violência, em comparação com a média nacional de 66%. Além disso, 59% temem importunação ou assédio sexual.

As entrevistadas destacam que a sensação de insegurança é amplificada pela falta de políticas públicas adequadas para garantir um deslocamento mais seguro. Os principais fatores citados incluem a ausência de policiamento, iluminação pública inadequada e ruas desertas. Confira os dados:

A pesquisa também revelou que apenas 12% das mulheres consideram as ruas de Fortaleza seguras, enquanto 20% se sentem seguras nas áreas próximas às suas casas.

Com 111 denúncias de importunação sexual no transporte coletivo registradas nos primeiros seis meses do ano, a Plataforma Nina, da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), tem sido um canal importante para relatos de agressões. Para fazer uma denúncia, as vítimas devem fornecer detalhes sobre o incidente e o agressor, embora a denúncia na plataforma não substitua o registro formal de Boletim de Ocorrência (BO) junto à polícia.

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