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Pesquisadoras cearenses desenvolvem clareador de pele com base em aroeira

A Universidade Federal do Ceará (UFC) lançou recentemente duas inovações no setor de cosméticos, desenvolvidas pelas pesquisadoras Érika Diógenes e Tamara Gonçalves. O primeiro produto é um gel facial projetado para clarear manchas de pele, como o melasma, enquanto o segundo é um desodorante que utiliza aroeira-do-sertão, uma planta nativa da caatinga.

Pesquisadoras cearenses desenvolvem clareador de pele com base em aroeira
Foto: Tamara Gonçalves

A aroeira-do-sertão, conhecida por suas propriedades medicinais e encontrada também em outros biomas como o Cerrado e a Mata Atlântica, foi estudada também para uso cosmético. Tamara Gonçalves, professora do curso de Farmácia da UFC, focou na aplicação da planta em cosméticos, colaborando com Érika, que possui doutorado em Desenvolvimento de Medicamentos. O gel facial, além de clarear manchas, oferece benefícios adicionais, como tratamento da acne e proteção contra a radiação solar.

Após 25 formulações, a equipe desenvolveu um sérum facial que se destaca por sua pureza e eficácia. O produto é 100% vegano, utilizando exclusivamente ingredientes naturais e sustentáveis, desde a extração das folhas até a produção final, e não contém componentes de origem animal. Testado dermatologicamente, o sérum é recomendado para aplicação noturna, sendo removido pela manhã durante a lavagem do rosto.

Pesquisadoras cearenses desenvolvem clareador de pele com base em aroeira
Foto: Tamara Gonçalves

O desodorante criado também traz inovação ao combinar propriedades desodorantes e clareadoras com hidratação da área das axilas. Ambas as formulações são isentas de essenciais, silicones, etoxilados, parabenos e álcool, tornando-as hipoalergênicas. Ou seja, reduzindo o risco de alergias. O desenvolvimento desses produtos passou por uma série de cinco etapas rigorosas, que incluíram desde a análise fotoquímica do extrato até testes clínicos de segurança.

O processo de desenvolvimento não utilizou qualquer exploração animal e usou apenas o necessário da planta, evitando desgastes desnecessários. O teste de segurança foi conduzido em laboratório sem utilização de animais.

Concluída em 2023, a pesquisa foi formalizada com o depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Atualmente, Tamara está buscando empresas do setor cosmético interessadas em comercializar os produtos. A UFC, através da UFC Inova, oferece suporte aos inventores em todas as etapas do processo de patenteamento, incluindo assistência técnica e científica e cursos especializados.

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