A Notícia do Ceará
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Pesquisadores da UFC participam de estudo de moléculas a partir do Ipê para combater o câncer

 

Contando com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), um estudo está desenvolvendo moléculas a partir da árvore Ipê para combater o câncer com mais eficácia e apresentar menos efeitos colaterais.

O estudo vem sendo realizado há dez anos, e um dos seus grandes diferenciais é que suas moléculas atacam somente células cancerígenas. Normalmente, outros medicamentos de quimioterapia também atacam células saudáveis, resultando em uma série de efeitos colaterais no paciente.

Cláudia do Ó Pessoa, professora do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), destaca que, pelo fato do Brasil ser um país diverso, onde há 20% da diversidade do planeta presente em território brasileiro,  existe um interesse corrente em estudar as moléculas que estão presente nas plantas, na natureza.

“Já era sabido que o Ipê possui moléculas com potencial anti-câncer. Então, um grupo de químicos, juntamente conosco da área biológica, nos juntamos para investigar essas moléculas em busca de avaliar o potencial de inibir esse crescimento tumoral de forma mais seletiva”, disse a professora.

No entanto, a professora ressalta que os estudos ainda estão em desenvolvimento, e que as investigações preliminares estão sendo mais voltadas para aqueles tumores que são dependentes de hormônios, como são os casos de câncer de próstata, de ovário e de mama.

“Todo estudo de um novo fármaco parte de um princípio inicial: a descoberta da molécula e o alvo que a gente quer atingir. A partir daí os ensaios de validação começam a ser iniciados. Essa parte inicial que, muitas vezes, leva dois ou três anos, nós já finalizamos”, disse Pessoa.

Após isso, haverá etapas de síntese da molécula, testagem in vitro e estudos em animais, que é a atual etapa do estudo. A pesquisa foi realizada por pesquisadores da UFC em parceria com cientistas das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e Santa Catarina (UFSC) e da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

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