Em uma ofensiva contra o narcotráfico internacional, a Polícia Federal deu início à Operação Palma. A investigação mostra o uso do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, como rota para o envio de drogas ao exterior. A operação resultou em prisões temporárias e buscas em locais ligados aos suspeitos.
Ao todo, cinco pessoas foram detidas e oito locais foram alvo de mandados de busca, conforme decisão expedida pela Justiça Federal no Ceará. Além disso, o bloqueio de cerca de R$ 1,4 milhão em bens e valores foi determinado como parte das medidas para descapitalizar o grupo investigado.
Os desdobramentos apontam que funcionários da Companhia Docas do Ceará, além de empregados de empresas terceirizadas, estariam envolvidos no esquema criminoso. A ação contou com o trabalho conjunto de aproximadamente 30 agentes da PF, com o suporte da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/CE).
O ponto de partida para a investigação foi a apreensão de 435 quilos de cocaína em um contêiner que transportava cera de carnaúba. A carga, com destino à exportação, foi interceptada no dia 6 de fevereiro por agentes da Receita Federal, o que levantou suspeitas sobre a atuação de uma quadrilha organizada operando dentro do porto.
As acusações enfrentadas pelos investigados incluem tráfico internacional de drogas, participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. Caso condenados, os envolvidos podem cumprir penas que somam mais de duas décadas de prisão. A PF destaca que as imputações serão feitas de acordo com o grau de envolvimento de cada indivíduo.
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