
O Banco Central anunciou o lançamento oficial do Pix Automático, nova função do sistema de pagamentos instantâneos que entra em operação no dia 16 de junho. A ferramenta será apresentada nesta quarta-feira (4), em evento em São Paulo.
A funcionalidade permitirá o pagamento de contas recorrentes, como escolas, planos de saúde e serviços por assinatura. O objetivo da nova ferramenta é ampliar o uso do Pix, oferecendo uma alternativa ao débito automático, porém com menos burocracia.
Como funciona o Pix automático
Para os pagadores:
O usuário recebe uma solicitação de autorização da empresa para pagamentos recorrentes. Ao aceitar, a autorização é feita diretamente no aplicativo do banco. A partir daí, os valores são debitados automaticamente nas datas combinadas, sem precisar de confirmação a cada transação. O cliente pode cancelar ou alterar a autorização a qualquer momento.
Para as empresas:
Negócios de qualquer porte poderão utilizar o Pix Automático para cobranças periódicas. As empresas enviam uma proposta de adesão aos clientes, que, ao aceitar, garantem os pagamentos automáticos. O Banco Central espera que a novidade reduza a inadimplência e traga mais previsibilidade financeira às empresas.
Para os bancos e instituições financeiras:
Todas as instituições que oferecem Pix deverão implementar o Pix Automático em suas plataformas. O Banco Central promove uma fase de testes — iniciada em fevereiro e que segue até 6 de junho — para assegurar que os sistemas estejam integrados, seguros e operando de forma eficiente antes do lançamento oficial.
Qual a diferença do Pix automático para o recorrente?
Ambas ferramentas são modalidades de pagamentos programados, porém, o Pix automático é diferente do Pix recorrente. No recorrente, o usuário programa transferências de um certo valor em datas definidas e autorizando previamente cada agendamento.
Já o Pix automático permite que uma empresa envie uma solicitação de autorização ao cliente, que aceita o débito automático para pagamentos variáveis ou com frequência flexível.
Ele se aproxima do modelo tradicional de débito automático, mas dispensa a necessidade de convênios específicos entre empresas e bancos, o que deve facilitar a adesão de negócios menores.
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