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PMDB já discute aliança em cenário pós-Dilma

1403po2010Maior partido de sustentação do governo federal, o PMDB já costura aliança nacional com PSDB, DEM, PPS e outros partidos de oposição para assumir a Presidência caso Dilma Rousseff (PT) deixe o cargo. A informação é do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB), que classificou manifestações de ontem como sinal de que “o povo não quer que o País continue como está”.

“Não estou defendendo o impeachment, não fui às ruas, nem o PMDB quer ficar como oportunista ou golpista. Mas, se houver impeachment, nós vamos fazer um governo. Se for inevitável, faremos governo de coalização com PSDB, DEM, PPS para garantir a governabilidade. Tudo tem que estar bem costuradinho”, disse Eunício ao O POVO.

Segundo o senador, o acerto com partidos de oposição começou sábado passado, em reuniões no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Por conta do encontro, Temer e outras lideranças do partido se ausentaram inclusive da convenção nacional do PMDB, realizada naquele dia.

Impeachment

“A manifestação foi muito forte, mostra que o País não quer continuar como está.
A gente não pode, por causa disso, achar que o PMDB vai ‘entrar e salvar a pátria’. Não vamos dar o golpe, vai depender da Câmara. Mas, se o impeachment chegar no Senado, nós não vamos ter como desconsiderar”, disse Eunício.

O parlamentar destaca que, após protestos, governo fica em “situação crítica”. “Em uma democracia, um governo sem sustentação popular já é ruim. Imagina então com a população se manifestando ao contrário”, afirmou.

Atualmente, o PMDB é o maior partido da base de Dilma, com seis ministros no governo federal. Mesmo um dos principais aliados da petista na bancada da sigla, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), minimizou o fato de a legenda estar discutindo com partidos da oposição.

“Se for para discutir caminhos de solução para o País na questão econômica ou deliberar matérias importantes, não temos restrições em conversar com quem quer que seja”, disse. (O repórter viajou a Brasília a convite do PMDB-CE).

NÚMEROS

30 dias é o prazo do PMDB para que o partido vote possíveis mudanças em sua relação com Dilma

ministros da equipe de Dilma Rousseff foram indicados pelo PMDB, até agora aliado da gestão

BASTIDORES

Cartaz em defesa da Operação Lava Jato chamou a atenção durante convenção desse sábado. O PMDB possui diversos parlamentares de seu alto escalão, incluindo os presidentes da Câmara Federal, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), citados na Operação Lava Jato.

Destacou-se também a ausência de discursos em defesa do governo. Nem mesmo ministros ou parlamentares do Rio de Janeiro, mais aliados da presidente, falaram em defesa do governo no evento.

Passagem de Michel Temer pelo jantar de abertura da convenção foi embalada, entre outras canções, pela música ‘Everybody Wants to Rule the World’ (Todo mundo quer governar o mundo), da banda inglesa Tears for Fears.

O.P.Online

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