A Operação Quéfren foi deflagrada, nesta quarta-feira (02/04), em uma ação coordenada entre as Polícias Civis do Ceará, São Paulo, Mato Grosso e Pará. O objetivo foi prender suspeitos de promover, divulgar e incentivar a participação em cassinos ilegais no Brasil. A operação ocorreu simultaneamente em várias cidades do Ceará, além de Santana de Parnaíba (SP), Cuiabá e Várzea Grande (MT) e Marabá (PA).
Ao todo, havia o total de 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão, 23 de busca veicular e 15 de bloqueio de bens e valores. Até o momento, dez pessoas foram presas e veículos de luxo foram apreendidos. Além disso, contas bancárias foram bloqueadas e bens bloqueados como parte da ação policial.
Em Juazeiro do Norte, cinco suspeitos foram detidos. Nos outros estados, outros cinco indivíduos foram capturados. Os detidos incluem agentes e influenciadores digitais, que utilizavam suas redes sociais para atrair vítimas ao esquema fraudulento de jogos de azar.
As investigações, que começaram em abril de 2024, revelaram que influenciadores digitais com milhares de seguidores publicavam vídeos manipulados mostrando ganhos irreais em plataformas de cassinos online. A estratégia enganava apostadores ao fazer parecer que os jogos eram lucrativos. Além disso, os criminosos usavam contas de teste para simular apostas bem-sucedidas, incentivando seguidores a investir dinheiro real.
A rede criminosa era composta por gerentes, agentes e influenciadores, que mantinham contato direto com os responsáveis pelas plataformas de jogos ilegais. Esses operadores, segundo as investigações, moravam fora do Brasil, principalmente na China. O esquema incluía indicações de novos influenciadores para ampliar a divulgação e atrair mais vítimas para as apostas fraudulentas.
Com o avanço da apuração, os agentes conseguiram identificar os integrantes do grupo e mapear suas operações em várias cidades do Ceará e outros estados. Além da promoção dos jogos ilegais, a quadrilha também realizava lavagem de dinheiro, movimentando quantias milionárias provenientes dos depósitos feitos pelas vítimas.
A operação resultou na prisão dos principais envolvidos e na apreensão de 14 veículos de luxo, além do bloqueio de contas e bens financeiros. Todos os suspeitos foram encaminhados à Justiça e responderão pelos crimes cometidos.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.
