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Polícia Federal indica compra de votos e coação de eleitores em processo envolvendo Moésio Loiola

A Polícia Federal concluiu a investigação que apurou uma suposta série de crimes eleitorais que envolvem o atual prefeito de Campos Sales, Moésio Loiola PSB), e o grupo político do gestor. Segundo o inquérito, existiu um esquema de compra de votos e coação de eleitores na zona rural do município durante as eleições de 2024.

Segundo o documento, a investigação teve início após uma denúncia feita por um candidato a vereador. O concorrente ao posto de parlamentar relatou a presença de um de veículos que circulavam por duas comunidades: Agrovila Pau Verde e Distrito de Carmelópolis.

Nessa oportunidade, segundo o denunciante, eram distribuídas quantia em dinheiro  e pressão e ameaça a eleitores. Na época, foi realizada uma operação policial durante a madrugada do dia da eleição. Essa iniciativa resultou na prisão em flagrante de sete pessoas, incluindo dois policiais. Além disso, também foi apreendida a quantia de R$ 29,2 mil em cédulas novas, além de armas e material de campanha com propaganda dos candidatos Moésio e Solano Feitosa.

Novas eleições em Campos Sales após ações de Moésio? 

O relatório da PF indicou fortes indícios dos crimes de compra de votos e associação criminosa, com apreensão de celulares e documentos. Exames periciais confirmaram movimentações financeiras suspeitas, como saques em espécie de valores elevados feitos por alguns dos investigados, pouco antes da eleição.

Todos os envolvidos, inclusive os policiais e empresários locais, optaram por ficar em silêncio durante os interrogatórios. Após pagamento de fiança, foram liberados.

O caso agora está sob análise da Justiça Eleitoral e do Ministério Público, que podem propor ações penais e eleitorais contra os acusados. A repercussão do caso pode afetar o mandato do prefeito Moésio Loiola, que assumiu o cargo após vencer o pleito sob todas essas polêmicas das investigações.

A Polícia Federal destacou a importância da atuação conjunta entre órgãos de segurança e fiscalização, ressaltando que o combate aos crimes eleitorais permanece como uma prioridade.

Políticos alertavam para possíveis irregularidades cometidas por Moésio durante disputa pela Prefeitura de Campos Sales em 2024


No dia 6 de outubro de 2024, mais precisamente às 19h, a Polícia Federal divulgava o balanço das operações que visavam a garantia da segurança no pleito eleitoral no Ceará. Na época, oito pessoas foram presas em flagrante no Estado por irregularidades eleitorais.

Outras 17 pessoas foram conduzidas à autoridades policiais. Entre os municípios fiscalizados, Campos Sales, no Cariri, foi o que obteve o maior número de irregularidades. Seis meses depois do ocorrido, o vereador Dercinho (PT) concedeu uma declaração de que é necessário que haja uma investigação para saber se essas irregularidades tiveram ou não influência na eleição local.

Segundo o parlamentar, que concedeu a entrevista em abril, não pode ser descartado de que a derrota de João Luiz em Campos Sales tenha recebido interferência diante dessa situação. De acordo com o parlamentar, João Luiz, prefeito que concorria à reeleição em 2024, não alcançou uma gestão perfeita, mas é preciso confirmar essas polêmicas não interferiram em seu desempenho nas urnas.

“Não existe gestão perfeita, mas a gestão de João Luiz trouxe desenvolvimento para Campos Sales. Toda a população do município sabe: existe uma ação que aponta para possíveis compras de votos. Foi registrado a prisão de pessoas em flagrante, inclusive com dinheiro. Mas vamos deixar que a Justiça Eleitoral despache. Que houve o problema, houve. Aí é investigar se essa situação interferiu numa eleição que teve a diferença de 600 votos”, ponderou.

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