Recentemente, o município de Itarema registrou 12 homicídios em 30 dias em meio a um confronto entre facções criminosas. Nesse cenário, a Polícia Civil do Ceará (PCCE) prendeu 12 suspeitos de pertencer a uma facção criminosa com atuação nacional.
Os dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) revelam que Itarema sofreu quatro homicídios entre 20 e 30 de junho. Já entre os dias 1º e 18 de julho foram somados mais oito casos, totalizando 12 assassinatos. As vítimas incluem dez homens e duas mulheres, dentre os quais estão dois adolescentes de 14 e 16 anos.
O período também registrou casos de duplos homicídios, onde apenas uma vítima não foi morta por disparos. Entre os crimes, foram identificados 11 homicídios dolosos e um latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
Diante dessas ocorrências, a Polícia Civil chegou a um grupo ligado ao Comando Vermelho, que estava se escondendo em uma casa na localidade de Buriti, em Itarema. Em uma operação no dia 25 de julho, oito suspeitos foram detidos e oito armas de fogo foram apreendidas. A operação foi conduzida pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte (DPJI Norte), com o apoio da Delegacia Municipal de Itarema e do Núcleo Operacional da Delegacia Municipal de Acaraú.
Em uma etapa posterior da investigação, quatro outros membros da facção foram capturados ao tentar fugir para o Rio Grande do Norte. Esses indivíduos são considerados “matadores” da facção e estão associados a um ataque em que duas mulheres e uma criança de 3 anos foram baleadas no dia 12 de julho em Itarema. Uma das vítimas, inclusive, era ex-sogra de um dos suspeitos detidos. Durante essa ação, uma arma de fogo foi apreendida.
Segundo o apurado das investigações, o aumento da violência no município foi impulsionado pela tentativa do Comando Vermelho de assumir o controle do tráfico de drogas da facção rival Guardiões do Estado (GDE). Isso aconteceu após a prisão de uma liderança dessa organização criminosa. Conforme o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte, delegado Marcos Aurélio Elias de França, os criminosos atuavam também em Amontada e Itapipoca.
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