Um subtenente da Polícia Militar foi flagrado na tarde deste domingo (27) arrastando um cachorro preso por uma corda ao veículo em que trafegava pelas ruas de Ipu, no interior do Ceará. Na garupa, estava uma criança — ambos sem capacete.
O caso gerou revolta entre moradores e foi registrado em vídeo. Nas imagens, é possível ver o animal sendo puxado pela estrada. O agente foi detido e encaminhado à Delegacia Regional de Tianguá, onde foi autuado com base no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, que trata de maus-tratos a animais.
A Polícia Militar informou que o policial apresentava sinais de embriaguez e se recusou a atender às ordens dos colegas de farda, o que motivou a intervenção do Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (BEPI). Após resistência, ele foi detido em casa. Segundo a PM, durante vistoria no imóvel, não foram encontrados armamentos ou materiais ilícitos.
A criança foi entregue à mãe, e o cachorro foi resgatado e acolhido por uma ONG de proteção animal.
Apuração e punição
A Prefeitura de Ipu divulgou nota pública afirmando que acompanha o caso e cobra apuração rigorosa. “Esperamos que os responsáveis sejam punidos conforme determina a legislação vigente. Reforçamos nosso compromisso com a proteção e o bem-estar dos animais”, diz o texto.
Crime e denúncias
Maus-tratos a animais é crime previsto em lei federal. A pena pode variar de três meses a um ano de detenção, com multa. No caso específico de cães e gatos, a Lei nº 14.064/2020 estabelece punição mais severa: reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda.
Entre os atos considerados maus-tratos estão: abandono, envenenamento, manter animais presos em cordas curtas, confinamento em espaços inadequados, agressões físicas, e uso em atividades que possam causar dor ou estresse.
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