Na última quarta-feira (13/10) foi oficializada no Diário Oficial do Estado a expulsão do policial militar Adriano Cavalcante Gomes por participar do motim de 2020. Por determinação da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), desde 21 de fevereiro de 2020 o policial respondia a Processo Administrativo Disciplinar.
Segundo o relatório da comissão que averigua o processo, Adriano transgrediu os princípios e deveres da profissão ao participar de reuniões para traçar estratégias sobre o movimento que teve início logo em seguida. Em imagens, o policial aparece nas imediações da Assembleia Legislativa, onde ocorreu a manifestação.
Em depoimento, Adriano confirma ser ele nas imagens, mas nega qualquer envolvimento nas atitudes dos ali presentes. De acordo com ele, estaria esperando o ônibus para ir à faculdade. Porém, os argumentos não foram aceitos pela CGD, que caracteriza a justificativa como uma forma de distorcer as provas que mostram que ele integrou voluntariamente o grupo de militares que desafiaram princípios hierárquicos.
O motim ocorreu no período de 18 de fevereiro e 2 de março do ano passado em vários municípios do estado. Segundo a CGD, atualmente cerca de 340 policiais respondem a processos administrativos disciplinares em fase de instrução processual. Além de Adriano, outros três soldados já haviam sido punidos com demissão.
