Ao menos seis advogadas temem a volta do policial penal suspeito de assediá-las após cessar ilegalmente o sistema da penitenciária para conseguir o contato delas. As vítimas denunciam que o policial voltou a trabalhar na função que cumpria antes de ser afastado.
O policial penal entrava em contato por ligações telefônicas e perfis falsos nas redes sociais, e assediava as advogadas que tinham clientes na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL 2), em Itaitinga.
Conforme uma das vítimas denunciou, o acusado não teria retornado ao trabalho na mesma unidade em que estava anteriormente, porém a penitenciária em que ele foi colocado também é frequentava pela advogada onde ela possui clientes.
Está em fase final o processo disciplinar em desfavor do policial penal instaurado para as devidas apurações na seara administrativa de acordo com a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). Diligências também estão em andamento para apurar a conduta do policial na seara criminal.
Já a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização disse que repudia qualquer ato que ofenda a dignidade e o exercício profissional das mulheres. “A SAP também pontua, como princípio, que respeita e é colaboradora dos trabalhos desempenhados pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança”, complementou o órgão.
A Ordem dos Advogados do Ceará, considerou a volta do policial aos trabalhos inadmissível. O órgão informou que tomou conhecimento do caso e já está requerendo à CGD o afastamento cautelar imediato do policial penal através de medidas protetivas.
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