Em Cascavel, a 62 km de Fortaleza, o impasse administrativo entre o prefeito Tiago Ribeiro (Cidadania) e vereadores resultou em mais um episódio marcante para a crise enfrentada pelo município. Durante sessão na última terça (20/12), manifestantes invadiram a Câmara e os parlamentares tiveram que ser escoltados por policiais.
Os protestos têm como motivo o adiamento da votação para o aumento do limite de gasto dos créditos suplementares por parte da Prefeitura. O gestor Tiago Ribeiro afirma que o município arrecadou mais que o previsto para o ano de 2022 e que a rejeição do acréscimo resulta na paralisação dos serviços de órgãos públicos.
Os vereadores que se opõem ao projeto afirmam que o gestor não esclarece para que área seriam destinados os recursos. À Rede ANC, o vereador Freitas da Saúde (PDT) afirma que a revolta está sendo instigada pelo prefeito, mas que na verdade, o pedido de aumento é resultado de irresponsabilidade administrativa.
“Eu vejo a paralisação como um absurdo nunca visto em município nenhum no nosso estado, quem sabe do Brasil. Nós estamos sendo vítimas de uma retaliação grande por parte de alguns funcionários. O prefeito passou isso para eles de que a culpa é nossa, mas como nós sabemos, quem executa o orçamento é ele”, diz o parlamentar.
A assessoria do prefeito Tiago Ribeiro afirma, no entanto, que os protestos, que ocorrem desde segunda-feira (19/12), são iniciativas dos próprios servidores e que os parlamentares estão sendo opositores do projeto de forma deliberada. “Tudo indica que é perseguição política dos vereadores de oposição contra a gestão, assim como eles votaram contra a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023 e agora o município terá que entrar de forma judicial para a LOA ser aprovada”, afirma a gestão, através da assessoria.