Considerada um dos principais pontos turísticos de Fortaleza, a Praia do Futuro registrou 526 afogamentos não fatais e 11 mortes em 2024. De acordo com dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), houve um aumento em relação ao ano anterior, quando o total foi de 477 resgates e 6 óbitos. O crescimento foi de 10% nas ocorrências e 83% nas fatalidades.
Segundo o capitão Rodrigo Monteiro Carneiro, da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo, há uma combinação de fatores naturais que contribuem com os afogamentos na Praia do Futuro. São eles, correntes de retorno e um relevo submarino instável, o que torna o local mais perigoso para banhistas, especialmente os que desconhecem a área.
Como única praia de Fortaleza com postos de guarda-vidas operados pelo Corpo de Bombeiros, a Praia do Futuro conta com um esquema de prevenção ajustável. Em feriados e datas de grande movimentação, como o Réveillon, até 15 postos são ativados. No dia 1º de janeiro de 2025, por exemplo, 22 banhistas foram resgatados sem registros de mortes.
O caso mais recente foi registrado no fim do ano, quando Afonso Oliveira Castro, de 64 anos, morreu ao tentar resgatar cinco pessoas em perigo na água. Embora não tenha ocorrido aspiração de líquido, a suspeita é de que ele tenha sofrido uma parada cardiorrespiratória. As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e não precisaram de atendimento hospitalar.
Em Fortaleza, outras praias também contam com a atuação da Inspetoria de Salvamento Aquático (ISA), vinculada à Guarda Municipal. Entre janeiro e dezembro de 2024, a ISA registrou 393 resgates, salvando 387 vidas.
Em relação ao estado do Ceará como um todo, até outubro de 2024, foram registradas 164 mortes por afogamentos em águas naturais, como rios, lagos e praias. O mês de abril apresentou o maior número de ocorrências, com 32 mortes, enquanto outubro teve o menor, com apenas 5. A média mensal de óbitos no estado foi de 16,4.
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