Uma ação judicial foi apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) com o objetivo de cassar os mandatos da prefeita eleita de Ipu, Milena Damasceno (PT), e de sua vice, Arlete Mauriceia (PSD). Ambas são acusadas de abuso de poder político e econômico, pois teriam desrespeitado normas eleitorais ao utilizarem trios elétricos fora dos limites de horário e potência definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dentre as irregularidades apontadas, destaca-se a violação de um acordo firmado anteriormente entre Milena e o MPE. O acordo previa o pagamento de R$ 100 mil para evitar um processo por desobediência eleitoral, após o descumprimento de uma decisão judicial de 29 de agosto que proibia som acima dos limites permitidos.
Apesar disso, no dia 1º de setembro, a candidata organizou o evento “Farofa da Milena”, que contou com trios elétricos circulando pelas ruas principais de Ipu, causando aglomerações e ignorando a ordem judicial. Sem comentar a ação movida pelo MPE, a prefeita eleita anunciou, neste domingo (15/12), que sua cerimônia de diplomacão está programada para ocorrer nesta terça-feira (17/12).
Outra medida do órgão visa a declaração de inelegibilidade, por oito anos, do atual prefeito de Ipu, Robério Rufino, e de outros envolvidos. Entre eles estão Sérgio Rufino, candidato a prefeito apoiado pelo gestor; Albertina Silva Ribeiro Oliveira, candidata à vice-prefeita; e Terezinha Rufino, secretária de Educação. As acusações são de abuso de poder político e econômico durante as eleições.
Relatos enviados ao MPE incluem denúncias de que o prefeito teria se utilizado de recursos públicos e da sua influência política para beneficiar aliados. Uma das situações relatadas foi a suposta oferta de uma cirurgia ocular para o avô de um eleitor em troca de votos.
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