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Prefeitura de Fortaleza lança mapeamento das comunidades tradicionais

Fortaleza está prestes a oficializar o mapeamento de suas comunidades e povos tradicionais. A Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) abriu inscrições, com prazo até 5 de dezembro, para selecionar pesquisadores que conduzirão o projeto.

As inscrições podem ser feitas online, através da plataforma Mapa Cultural. No mesmo site é possível ter acesso ao edital completo.

A ação contará com 12 equipes, cada uma responsável por cobrir diferentes regiões da cidade, com o objetivo de traçar uma cartografia detalhada dos territórios. Esses grupos levantarão informações históricas, realizarão entrevistas e reunirão documentos. Cada equipe receberá R$ 43.592,04 e o valor total do investimento é de R$ 523.104,55.

De acordo com a Secultfor, o objetivo principal é criar um banco de dados que possa subsidiar futuras políticas públicas e servir de base para a implementação de instrumentos que preservem o Patrimônio Cultural. O edital, parte integrante da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), exige a participação de representantes das próprias comunidades tradicionais em todas as etapas do processo.

Prefeitura de Fortaleza lança mapeamento das comunidades tradicionais
Foto: Camila Garcia

A partir do recebimento dos recursos, os pesquisadores terão um prazo de 12 meses para concluir os trabalhos de campo e documentação. Para concorrer à seleção, os interessados devem cumprir certos requisitos:

  • Autodeclarar-se como preto, pardo, indígena, cigano, quilombola, de povos de terreiro ou de comunidades tradicionais;
  • Ser maior de 18 anos;
  • Residir em Fortaleza por um mínimo de dois anos;
  • Comprovar atuação de pelo menos dois anos no campo cultural.

As inscrições estão abertas para pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEI), entidades com ou sem fins lucrativos, coletivos e grupos sem CNPJ. No entanto, é preciso que sejam representados por uma pessoa física.

As equipes de pesquisadores precisarão incluir membros com graduação e experiência em atividades de pesquisa semelhantes, preferencialmente com vínculos com as comunidades ou povos tradicionais envolvidos. Os coordenadores e pesquisadores de cada área devem possuir formação em Ciências Sociais, Antropologia, História ou cursos interdisciplinares nas Ciências Humanas, além de experiência em pesquisas sobre bens culturais materiais e imateriais.

“A importância, assim, vai além da simples coleta e sistematização dos dados. Daí a urgência de saber quem são, onde estão, como atuam e que espaços ocupam ou deixam de ocupar os Povos e Comunidades Tradicionais da Cidade de Fortaleza”, disse a Secultfor. A Pasta complementou ainda dizendo que o estudo funcionará como “ponto de partida para melhor planejar as ações culturais que venham ao encontro dos anseios e necessidades culturais dos fortalezenses”.

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