A Prefeitura de Fortaleza se opôs à proposta da União que limita o tamanho das barracas da Praia do Futuro a 800 m². O plano, elaborado pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU) no Ceará, se baseia em um projeto de 2017 do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), atual Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza), dentro do Plano Fortaleza 2040.
Em ofício enviado ao procurador federal Alessander Sales, coordenador do Fórum Permanente da Praia do Futuro, o prefeito José Sarto (PDT) informou que o plano está em revisão e que os dados apresentados até o momento não são definitivos. A expectativa é de que as alterações sejam concluídas até 2025.
A proposta gerou um impasse após a recente deliberação entre a União e o Fórum Permanente. Empresários da região se opõem à redução do tamanho das barracas e à ampliação do calçadão, que ocuparia parte do espaço onde as estruturas estão instaladas atualmente.
O projeto da SPU sugere um calçadão de 44 metros de largura, com 30 metros reservados para novas construções. Além disso, a proposta prevê uma licitação para a cessão de uso das áreas por 20 anos, limitando o número de empreendimentos a 60.
Além dos empresários, outras entidades no Fórum Permanente também se manifestaram contra a proposta da SPU. A principal crítica é que a nova proposta desconsidera os avanços obtidos ao longo dos anos de negociação entre as partes.
No ofício, o prefeito Sarto destacou a relevância das barracas da Praia do Futuro, que desempenham funções ambientais, sociais e culturais importantes para a cidade. Ele afirmou que, embora a proposta da SPU tenha como base o Plano Fortaleza 2040, ela não reflete as intenções da Prefeitura para o reordenamento da praia. Para a gestão municipal, a proposta do Fórum Permanente é mais viável e traz mais benefícios para a população.
Fábio Galvão, superintendente da SPU no Ceará, anunciou que haverá uma nova reunião do Fórum Permanente, na qual os empresários poderão apresentar uma contraproposta que será analisada pela União. A SPU espera chegar a um acordo antes de recorrer a medidas judiciais, mas, caso não haja consenso, a questão será encaminhada ao Poder Judiciário.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.