
Um motorista que fazia parte do quadro de funcionários da Prefeitura de Antonina do Norte, a 450km de Fortaleza, foi demitido após ser acusado de agredir sua companheira. O funcionário público identificado como Rogério da Costa foi desligado da gestão na última sexta-feira (08/03). Apesar de a suposta agressão não ter ocorrido no Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura justificou a inciativa nesta data para reforçar o combate à violência
“A coincidência do anúncio da demissão nesta data dedicada à luta pelos direitos das mulheres ressalta a postura da administração municipal em combater a violência doméstica e promover um ambiente de trabalho seguro e respeitoso”, destacou a Prefeitura.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Antonina do Norte, a demissão atende à penalidade para condutas que comprometam a moralidade e o decoro no ambiente de trabalho. A gestão também enfatizou a necessidade de uma resposta firme e imediata diante deste e de outros casos de violência doméstica que possam vir a ser registrados.
A escolha deliberada de anunciar a demissão no Dia Internacional da Mulher não só reconhece a importância desta data para a conscientização e a luta pelos direitos das mulheres, mas também serve como um chamado à ação para a sociedade como um todo.
“Isso não só fortalece a confiança da comunidade na administração local, mas também serve como um exemplo inspirador para outras instituições públicas e privadas sobre a importância de adotar uma postura firme contra a violência de gênero e a discriminação”.
Dados
Intitulado de “Elas Vivem”, o boletim do Observatório da Segurança foi divulgado nesta quinta-feira (07/03). No documento, a apresentação de dados sobre a quantidade de mulheres violentadas no Brasil em 2023. Apesar do impacto da estatística, a deputada estadual Lia Gomes (PDT) defendeu que são esses números que irão fornecer caminhos para o combate à violência contra a mulher.
Segundo a parlamentar, os números poderão ser usados para o estudo de políticas públicas. Para Lia Gomes, o aprofundamento nas estatísticas poderão gerar ações mais assertivas, que irão culminar na redução desse tipo de violência. “Onde eu chego eu pergunto quais são os dados sobre determinada situação. Esses dados nos direcionam, pois você não pode elaborar um projeto a partir de sua cabeça, a partir da situação vivida pelo seu vizinho”.
Segundo Lia Gomes, esse tipo de aprofundamento é essencial diante da violência que é praticada em diferentes contextos. “A violência vivida por uma mulher do interior do Ceará pode ser diferente da realidade de qualquer outra em qualquer localidade do Brasil. Onde essas pessoas estão sendo vítimas? Qual o horário? É a mulher negra? É a mulher branca? Precisamos desses dados para desenvolver projetos que visam atingir esses maiores números”, detalhou.
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