Servidores retomam greve no município de Iguatu, no Centro-Sul do Ceará, nesta quarta-feira (07/05). Na ocasião, os trabalhadores realizaram uma manifestação em uma das praças públicas do centro da cidade para reivindicar os direitos da categoria junto ao poder público. Segundo os profissionais, a principal insatisfação dá conta de salários atrasados após o descumprimento de acordo por parte da Prefeitura.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Iguatu (Spumi), o atraso do salário do mês de dezembro de 2024 foi negociado para evitar mais prejuízos à categoria. Segundo o grupo, a atual gestão prometeu pagar este débito em duas parcelas. No entanto, a segunda, que deveria ter sido cumprida no mês de abril, não caiu na conta dos servidores.
“A gestão municipal quebrou o acordo firmado perante o Ministério Público e, mais uma vez, perdeu a credibilidade com os servidores ao não pagar a metade do salário de dezembro”, diz um trecho de uma nota publicada nas redes sociais.
De acordo com uma das manifestantes, o grupo tem sofrido atitudes que representam assédio à categoria e que tentam intimidar as cobranças à Prefeitura. “Não vamos aceitar perseguição. Mandar o secretário anotar o nome de quem aderiu à greve é atitude autoritária e vergonhosa”, afirmou uma das integrantes do protesto.
Servidores retomam greve; deputado repercute assunto na Alece:
Na Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), o deputado Agenor Neto (MDB) lamentou a situação que tem causado essa instabilidade aos servidores de Iguatu. Na avaliação do parlamentar, embora a atual gestão alegue dificuldades financeiras, há uma contradição observada ao longo dos quatro primeiros meses de administração em 2025.
Segundo Agenor, a Prefeitura de Iguatu contratou mais de mil funcionários, o que onerou a folha de pagamento e que pode ter comprometido o cumprimento daquilo que foi acertado com os servidores municipais.
“É doloroso ver o que está acontecendo com os servidores públicos de Iguatu. O pagamento de dezembro segue atrasado, o acordo foi descumprido, e quem faz greve ainda está sendo perseguido. Enquanto isso, mil apadrinhados seguem com pagamento em dia. Só em 2025, mais de R$150 milhões já entraram nos cofres públicos. Não é falta de recurso, é falta de respeito e dignidade […] Iguatu não pode aceitar tamanho desrespeito”, enfatizou.
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