Neste domingo (29/06), durante o São João de Sobral, Jessilene Mendes de Sousa, de 26 anos de idade, morreu ao sofrer um choque elétrico enquanto participava do evento, no bairro Derby. Segundo familiares, a jovem tentava evitar uma área tomada pela lama, formada após as fortes chuvas que atingiram a cidade no dia anterior.
Ao desviar do trajeto principal, a mulher teve contato com um fio sem proteção, recebendo a descarga elétrica que causou sua morte. Outras três pessoas que a acompanhavam também foram atingidas, mas sem ferimentos graves.

Dias antes do acidente, ambulantes já haviam alertado para as condições inseguras da fiação. Vídeos gravados por trabalhadores mostram cabos elétricos expostos próximos às barracas.
Jessilene ainda foi socorrida por uma equipe médica do evento e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu. A Polícia Civil abriu investigação para apurar as circunstâncias do caso e apontar possíveis responsabilidades.
Nesse contexto, a Prefeitura de Sobral decretou a suspensão das atividades na Arena Aeroporto até o dia 1º de julho e se comprometeu a revisar protocolos de segurança em eventos públicos. O prefeito Oscar Rodrigues (União Brasil) também informou que solicitou à Secretaria dos Direitos Humanos e da Assistência Social que disponibilizassem apoio integral à família. Jessilene era casada e deixou dois filhos.
Repercussão
A deputada estadual e secretária das Mulheres do Ceará, Lia Gomes (PSB), se pronunciou nas redes sociais sobre o ocorrido. Segundo a parlamentar, o caso se trata de uma “tragédia anunciada” e “descaso com a vida das pessoas”.
“A nota da Prefeitura enche a gente de revolta. Dizer que aquele monte de fio desencapado, que foi feito um vídeo, uma denúncia de uma das moças que tinha uma barraca lá, que aquilo estava de acordo com as vistorias técnicas. Que vistoria técnica foi essa? Quem foram essas pessoas que autorizaram?”, indagou.
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