Sendo o primeiro prefeito na história da cidade de Fortaleza a não conseguir a reeleição, José Sarto (PDT), reuniu parte do seu secretariado na manhã desta quinta-feira (10), no Paço Municipal, para fazer um balanço da sua gestão à frente da prefeitura da capital. Ele ´deve permanecer no cargo até 31 de dezembro.
Demonstrando unidade, o prefeito exaltou o que ele chamou de “equipe que diferencia Fortaleza das demais capitais”, e que ele fez “uma campanha muito alegre”, mas que “é a democracia, e democracia é assim, e que tem que reconhecer e seguir o conselho das urnas”, disse.
Ainda em avaliação sobre o primeiro turno, a explicação das razões de não ter seguido na disputa eleitoral, Sarto enxerga que “essa geração que está votando agora, de 16 anos pra frente, está acostumada com boas gestões”, e que ainda não tiveram “o dissabor de terem uma gestão que não esteja à altura de Fortaleza”, refletiu.
“Essa galera não tinha nenhum comparativo, o comparativo que elas tinham na vivência do dia a dia era comparar a gestão do Roberto com a minha gestão”, disse o prefeito ao analisar também que a “narrativa das redes sociais impõe algumas candidaturas que não tem nenhum serviço prestado para Fortaleza e tinham certa visibilidade”, observou ele sobre o poder das mídias sociais durante o processo eleitoral.
Apoios no segundo turno e vinda de Lula
Questionado sobre sua posição e a do partido acerca das candidaturas de André Fernandes (PL) e de Evandro Leitão (PT), que vão para o segundo turno em 27 de outubro, Sarto declarou que está “ouvindo toda a base de apoio, desde vereadores, candidatos eleitos e não eleitos”, pois teve “uma ampla base de apoiadores candidatos e candidatas, e está escutando cada um deles”, e que o diretório nacional do PDT reservou às lideranças locais – no caso a do ex-prefeito Roberto Cláudio – o papel de negociar esses acordos.
O prefeito não quis responder quando perguntado sobre possíveis ligações que recebeu dos atuais candidatos. “Eu quero me reservar o direito de… pergunte a eles [André e Evandro]. Eu não fico à vontade porque, a bem da verdade eu creio que a melhor proposta para Fortaleza era a minha, não foi assim que a população entendeu. Não foi acolhida pela população”, disse.
Com a chegada do presidente Lula para eventos institucionais além de marcar presença em mais um ato de campanha ao lado do candidato do PT, Evandro Leitão, Sarto declarou que “pode conversar com todo mundo, mas essa conversa [com Lula] não quer dizer que ele tenha que tomar alguma decisão”, explicou. “Quando Lula esteve aqui em outro momento, eu estive também, numa reunião com ele”, e que na visão dele, seu papel até o fim do mandato é “defender o povo de Fortaleza” e que vai continuar “defendendo o povo de Fortaleza a vida toda”, se o caso o Governo Federal “acenar sem qualquer compromisso eleitoral algum benefício para Fortaleza”, concluiu.
Fim de mandato e obras na cidade
“Eu estou aqui e sempre estive com um sentimento de missão muito grande. Como vou usar aqui uma frase do apóstolo Paulo: combati o bom combate, acabei a carreira, mas guardei a fé”, disse ele sobre como foram seus anos à frente da prefeitura, e ressaltou que lutou com “o que tínhamos de melhor, um time fantástico, e a gente tem que obedecer o sentimento da população” sobre não continuar por mais quatro anos.
Sarto garantiu que as atuais obras na capital não vão parar, e que em reunião com o secretariado foi mostrado que 90% delas foi entregue – dentro da média ponderada – e que algumas intervenções menores serão concluídas dentro de dois a três meses, como o posto de saúde Carlos Ribeiro, o Hospital de Messejana com 38 leitos, além da Heráclito Graça. Entre as obras que devem ficar para a próxima gestão estão o Gonzaguinha de Messejana e o Cuca do Vicente Pinzon.
Reveillon
Já no fim da coletiva, o chefe do executivo municipal disse que o Réveillon de Fortaleza está mantido por se tratar de um evento já fixo no calendário da cidade. “Essa é uma festa para a cidade, e uma festa nossa, que a gente recebe muito bem quem vem pra cá, pra que a gente possa fortalecer a economia, e a previsão de impacto é da ordem de 4 bilhões de reais”, finalizou.
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