Na noite da última segunda-feira (26), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, concederam uma entrevista coletiva na Casa da Indústria, em Fortaleza. A ocasião marcou o início de uma série de atividades da Diretoria da CNI no Ceará, que prosseguirão até terça-feira (27/08), reunindo representantes das 27 federações industriais do país.
Durante a coletiva, Ricardo Cavalcante destacou a importância de receber os presidentes das federações de todo o Brasil, bem como o presidente Alban e sua diretoria, ressaltando o compromisso com o fortalecimento da indústria nacional. “É uma honra sediar essa grande reunião da CNI aqui no Ceará, onde discutiremos tanto as pautas nacionais quanto as questões específicas do nosso estado”, afirmou Cavalcante.
Ricardo Alban, por sua vez, expressou sua gratidão pela recepção oferecida pela FIEC e elogiou o papel de liderança que a Federação cearense tem desempenhado no cenário da transição energética. Ele enfatizou o destaque do Ceará e do Nordeste na implantação do hidrogênio verde, com mais de 20 projetos em andamento na região e um investimento estimado em cerca de R$ 190 bilhões.
“O Ceará está na vanguarda da transição energética, especialmente no que diz respeito ao hidrogênio verde. A combinação de ventos favoráveis, abundância de sol e potencial offshore faz do Norte-Nordeste do Brasil um ponto estratégico para essa transformação. O Complexo do Pecém e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) criam condições ideais para essa nova fase”, destacou Alban.
Durante a entrevista, Alban também abordou os desafios enfrentados pela indústria nacional na busca por soluções sustentáveis. Ele afirmou que o setor industrial brasileiro é um dos principais motores de inovação e desenvolvimento tecnológico, desempenhando um papel crucial na descarbonização e na promoção de melhorias ambientais.
“Estamos descarbonizando nossa indústria e contribuindo para a descarbonização global, enquanto demonstramos que a indústria é essencial para o desenvolvimento econômico e social do país. O crescimento econômico é fundamental para garantir o desenvolvimento social”, complementou Alban.
Ricardo Cavalcante, por sua vez, enfatizou os esforços da FIEC na atração de negócios ligados à transição energética, especialmente no campo do hidrogênio verde, além de destacar a importância da formação e qualificação da mão de obra local. “Estamos investindo fortemente na transição energética no Ceará, tanto na atração de grandes projetos quanto na qualificação profissional. Atualmente, o estado possui 14.500 indústrias, empregando mais de 312 mil pessoas, e enfrentamos desafios na disponibilidade de mão de obra qualificada em alguns setores”, concluiu o presidente da FIEC.
As atividades da Diretoria da CNI no Ceará continuam nesta terça-feira, com discussões sobre pautas de interesse do setor industrial, encontros dos conselhos temáticos e apresentações das ações da confederação.