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Presidente do Senado assume governo do Haiti

17948006O presidente do Senado do Haiti, Jocelerme Privert (foto abaixo), 63, foi eleito pela Assembleia Nacional como chefe de Estado de forma interina, ontem. Ele é aliado do ex­- presidente Jean­ Bertrand Aristide, de quem foi ministro do Interior. A escolha de Privert pode ajudar a acalmar os protestos no país, muitos dos quais são liderados por apoiadores de Aristide.

Após uma sessão de votação que durou mais de dez horas, Privert foi escolhido pela maioria dos senadores para liderar o governo provisório até o dia 14 de maio, dias após a realização do segundo turno das novas eleições presidenciais. A previsão é que Privert seja nomeado ainda neste domingo como o 57º presidente do país.

Ele afirmou que irá buscar um consenso entre as forças do Haiti e que irá respeitar todos os pontos do acordo de transição assinado pelo ex­-presidente Michel Martelly. Depois que Aristide foi forçado a deixar o poder em 2004 por grupos armados, Privert ficou preso por dois anos sob acusações de ter orquestrado um massacre de opositores de Aristide.
As acusações foram retiradas posteriormente. A última vez em que houve um governo interino no Haiti foi após a saída de Aristide, quando demorou dois anos para serem realizadas eleições.

Eleições adiadas
No sábado (6), o presidente e líderes parlamentares chegaram a um acordo de última hora para formar um governo transitório. Nessa data, foi definido que o Parlamento elegerá um presidente interino, que ficará no cargo por 120 dias, e que os legisladores apontarão, por consenso, um primeiro­-ministro assim que possível.

O presidente haitiano Michel Martelly deixou o posto no domingo (7), e, em seu último discurso, lamentou ter tido que adiar o segundo turno das eleições presidenciais do país. Pelo acordo de transição da OEA (Organização dos Estados Americanos), o segundo turno do pleito, que deveria ter sido realizado no último dia 24, ficou agora marcado para 24 de abril. A data de posse do novo presidente foi adiada para 14 de maio.

No discurso no Parlamento, Martelly defendeu seu governo, dizendo ter trabalhado “dia e noite” por um Haiti melhor, e afirmou que está “pronto para prestar contas ao tribunal da história”. Ele foi alvo, nas últimas semanas, de violentos protestos, que o acusavam de fraude e exigiam sua saída na data prevista pela Constituição.

O.E.

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