O Ceará registrou aumento significativo nas prisões por envolvimento com organizações criminosas e homicídios no primeiro semestre de 2025. De janeiro a junho, foram 904 pessoas presas por integrar grupos criminosos, número que representa um crescimento de 45,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 623 capturas. Já as prisões relacionadas a Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), que incluem homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, cresceram 28,2%. Foram 1.421 suspeitos presos neste ano, contra 1.108 em 2024, segundo dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), com base em ações da Polícia Militar e da Polícia Civil.
No total, o Ceará contabilizou 17.151 prisões nos primeiros seis meses de 2025, o que equivale a uma média de 94,7 capturas por dia. Esse número representa um crescimento de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram feitas 15.097 prisões. As capturas incluem flagrantes e cumprimento de mandados judiciais por crimes diversos, como tráfico de drogas, roubo, furto, violência doméstica, porte ilegal de arma de fogo e receptação, além dos crimes de homicídio e associação criminosa.
Fortaleza foi a cidade que mais se destacou nas prisões por integrar organização criminosa, com 300 capturas registradas no primeiro semestre de 2025, frente a 140 no mesmo período de 2024 — um aumento de 114,3%. Outras regiões do estado também apresentaram crescimento: no Interior Sul, as prisões subiram 28,6%, com 108 casos registrados neste ano; no Interior Norte, o aumento foi de 25,9%, com 175 prisões; e na Região Metropolitana de Fortaleza, a alta foi de 23,9%, com 321 capturas.
Em relação aos crimes contra a vida, o Interior Sul teve o maior crescimento nas prisões por CVLI, com aumento de 42,4%, passando de 236 para 336 capturas. Em Fortaleza, o crescimento foi de 36,2%, com 391 prisões neste ano; na Região Metropolitana, a elevação foi de 30,7%, com 413 suspeitos capturados; e no Interior Norte, o aumento foi mais discreto, de 2,6%, passando de 267 para 274 prisões.
Apesar do aumento nas capturas, os principais indicadores criminais do estado apresentaram redução no primeiro semestre deste ano. Os Crimes Violentos Letais e Intencionais caíram 16,6%, enquanto os Crimes Violentos contra o Patrimônio, que incluem roubos, recuaram 23,9%. Já os furtos tiveram uma redução de 7,2%. O balanço também destaca a atuação das forças de segurança cearenses na prisão de foragidos localizados fora do estado, ampliando o alcance das ações policiais.
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