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Produção de algodão volta a gerar renda no interior cearense

Após décadas em segundo plano, a cultura do algodão tem retomado espaço no interior do Ceará, principalmente no Sertão Central. Impulsionada por investimentos, apoio técnico e políticas públicas voltadas à agricultura familiar, a produção da fibra branca volta a gerar renda para diversas comunidades da região.

Em municípios como Quixadá, que se destacou nacionalmente na primeira metade do século XX como um dos maiores polos produtores de algodão do estado, o cultivo está sendo retomado de forma abundante. A prática vem sendo integrada ao calendário agrícola local, como uma alternativa de continuidade de produção após as safras de feijão e milho.

Em Quixadá, apenas na comunidade de Lagoa da Pedra, a última colheita rendeu cerca de 15 toneladas de algodão. Para o próximo ciclo, que vai de fevereiro a julho, aproximadamente 60 produtores estão mobilizados para ampliar a produção. O apoio a essa retomada envolve diferentes esferas institucionais, incluindo órgãos estaduais e municipais de assistência técnica e desenvolvimento rural.

Produção de algodão volta a gerar renda no interior cearense
Foto: Reprodução

Entre as ações implementadas estão a preparação mecanizada do solo, o fornecimento de sementes selecionadas e o acompanhamento técnico especializado durante todo o processo produtivo. Esse suporte tem permitido que agricultores sigam protocolos mais eficientes, contribuindo para o aumento da produtividade e para a sanidade das lavouras.

A retomada da cultura também conta com o reforço de programas institucionais voltados à segurança de renda, como iniciativas que garantem o preço mínimo da saca de algodão antes mesmo da colheita. Com isso, o agricultor familiar pode planejar a produção com maior estabilidade, independentemente das oscilações de mercado, segundo a Associação dos Produtores de Algodão do Estado do Ceará (Apaece).

Paralelamente ao incentivo à agricultura familiar, o estado projeta uma ampliação da produção em escala industrial. Está prevista, até 2026, a implantação de áreas voltadas ao cultivo de algodão transgênico, com uso de colheita mecanizada, drones e tecnologias de precisão, voltadas a produtores de maior porte. A expectativa é que a área cultivada chegue a 50 mil hectares até 2027.

Atualmente, cerca de 1.500 famílias estão envolvidas com a cultura do algodão no Ceará. A estimativa é que cada hectare cultivado gere dois empregos diretos, o que pode totalizar mais de três mil oportunidades. Além disso, ainda há os empregos indiretos que movimentam outros setores, como transporte, beneficiamento e logística.

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