
Tramita na Assembleia Legislativa do Ceará um Projeto de Indicação que propõe a ampliação da licença-maternidade para mães atípicas — aquelas que têm filhos com deficiência ou necessidades especiais. O Projeto de Lei nº 193/2025 estabelece o direito a um período de oito meses de licença, com remuneração integral e garantia de retorno ao cargo, mediante apresentação de laudo médico que comprove a condição da criança. A proposta é de autoria da deputada Juliana Lucena (PT), presidente da Comissão de Defesa e Direitos da Mulher e Procuradora Especial da Mulher da Assembleia Legislativa.
Segundo a parlamentar, a iniciativa reconhece que a maternidade atípica impõe desafios específicos, que demandam mais tempo e suporte por parte do Estado. O projeto prevê que a licença poderá ser solicitada ao órgão empregador, acompanhada da documentação que ateste a condição especial do filho.
“O tempo previsto atualmente pela legislação é insuficiente para que essas mães possam lidar com as adaptações e cuidados intensivos exigidos pela condição de seus filhos. Ampliar a licença é garantir acolhimento, respeito e condições dignas para essas mulheres e suas famílias”, afirma Juliana.
A deputada explica ainda que, durante a licença-maternidade ampliada, a mãe atípica continuará recebendo sua remuneração integral e terá assegurado o vínculo com o cargo ocupado, sem prejuízo de seus direitos trabalhistas.
“A proposta está em sintonia com os princípios de inclusão, equidade e justiça social, contribuindo para o desenvolvimento saudável das crianças e para o fortalecimento da rede de apoio às famílias que enfrentam realidades mais complexas na criação de seus filhos”, pontua.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.